As expectativas no tênis de mesa para 2021 são grandes, a julgar pelo que testemunhamos no final deste ano pandêmico e tão desafiador.
Em novembro, após quase oito meses sem atividades no calendário internacional, vimos a série #restart com três grandes eventos. Na sequência, tivemos: as Copas do Mundo Feminina e Masculina, as Finais do Circuito e o WTT Macau.
Esse três torneios foram agrupados no mesmo período e realizados na China. Uma decisão em prol da logística, tomada pela ITTF (Federação Internacional de Tênis de Mesa) e com o aval das associações da China, da Alemanha e da Tailândia. Essas duas últimas sediariam a Copa do Mundo Masculina e a Copa do Mundo Feminina, respectivamente.
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“Table tennis in a bubble” – o tênis de mesa em uma bolha
Com todos os cuidados e medidas sanitárias observadas, atletas, dirigentes e staff ficaram por quase dois meses numa “bolha”. Essa operação, que envolveu quase 1500 pessoas, não registrou nenhum caso de Covid-19 – de acordo com a ITTF. As expectativas em torno do #restart eram enormes e os resultados fizeram jus a todo esse esforço coletivo. Vimos eventos bem organizados e produzidos, de alto nível técnico, que saciaram o apetite do público e da mídia pelo tênis de mesa.
O WTT Macau apresentou várias inovações
Terceiro e último evento da série #restart e sem valer pontos para o ranking mundial de tênis de mesa, o WTT Macau apresentou muitos atrativos. Um design diferenciado, uma bela premiação (cerca de 90 mil dólares aos vencedores) – com transmissão ao vivo para 141 países. E ainda realizou alguns experimentos no sistema de pontuação, com a diferença de 2 pontos reservada apenas ao set decisivo. Isso gerou partidas bem rápidas, como as do Top 4 – que serviram para definir os confrontos das quartas-de-final.
Hugo Calderano e os chineses Ma Long, Xu Xin e Lin Gaoyuang mediram forças em sets de até 5 pontos, em melhor de 5 parciais. (Gustavo Tsuboi, outro brasileiro no torneio, superou por 3×1 o chinês Zhao Zihao na fase preliminar, mas não avançou à chave principal).
As quartas de final foram disputadas em melhor de 5 sets, as semis em melhor de 7 e a final, em melhor de 9. Todas as parciais com os sets até 11 pontos e a diferença mínima de 2 pontos reservada apenas para o set decisivo. Segundo a organização, os sets curtos visavam preservar o físico dos mesatenistas que vinham da Copa do Mundo e das Finais do Circuito Mundial.
Ainda é cedo para dizer se essas inovações vieram para melhorar a qualidade das partidas de tênis de mesa ou apenas para acelerá-las. É que a estratégia de jogo pode variar muito de acordo com a quantidade de pontos disputados. Mas entendo que tenha se buscado um consenso entre as partes: atletas, dirigentes, público, mídia e patrocinadores.
E para fechar 2020 em grande estilo…
No último webinar do ano realizado pela ITTF, top players como Hugo Calderano, Adriana Diaz e Kanak Jha comentaram suas impressões sobre o #restart. Em geral, eles gostaram muito da experiência, do visual da arena de jogo e elogiaram toda a organização. Veem 2021 com otimismo!
Também parabenizo os esforços coletivos liderados pela Federação Internacional para realizar a série #restart num ano tão desafiador. Isso manteve a modalidade em evidência, motivou os atletas e indicou a colaboração como chave para o futuro do esporte – aumentando as expectativas no tênis de mesa para 2021!
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