Destaques da nova geração, Kamilla Cardoso e Stephanie Soares, as “Torres Gêmeas”, querem aprender com as jogadoras da Seleção Brasileira Feminina de basquete
A Seleção Brasileira Feminina de basquete está cumprindo uma rotina diária de treinamentos na Arena Concórdia, o Centro de Treinamento da Confederação Brasileira de Basketball (CBB), em Campinas (SP), se preparando para o Campeonato Sul-Americano, que será disputado em Tunja, na Colômbia, de 30 de agosto a 04 de setembro. Para esta competição, que abre um novo ciclo, o técnico Carlos Lima formou um grupo mesclado de atletas jovens e outras mais experientes.
As caras novas são Kamilla Cardoso, de 17 anos e 2m00, e Stephanie Soares, de 18 anos e 1m98, as “Torres Gêmeas”, que estão aproveitando ao máximo o contato direto com as companheiras mais rodadas.
“Estar na Seleção Brasileira ao lado de jogadoras mais velhas e mais experientes é uma oportunidade e tanto! Creio que esse é o sonho de qualquer menina que joga basquete. Estou muito feliz por integrar o grupo que se prepara para o Sul-Americano, até porque estou realizando um dos meus sonhos, que era integrar uma Seleção Brasileira, ainda mais sendo a adulta”, comentou Kamilla.
“Está sendo uma experiência incrível integrar o grupo que se prepara para o Campeonato Sul-Americano. Estou aprendendo muito com as jogadoras mais experientes”, acrescentou Stephanie.
Dois expoentes do basquete nacional aparecem como exemplos próximos e amplamente positivos para as duas jogadoras, que estão em busca de espaço, maturidade e crescimento. O primeiro é a gerente técnica do selecionado feminino, Adriana Santos, que viveu intensamente essa mesma situação, quando foi convocada pela primeira vez.
“Quando entrei na Seleção, a equipe estava em um processo de transição de jogadoras mais experientes, mesclando com as jovens. Em 1991, no Pan-Americano de Cuba, a Maria Helena Cardoso (técnica) me levou com apenas 20 anos. Passei por todo o processo, de novinha a experiente, e sei bem como é isso; acredito ser necessário e tem que ocorrer de uma maneira natural para que o grupo cresça homogêneo e fortalecido”, relatou a ex-jogadora.
O segundo exemplo é o presidente da Confederação Brasileira de Basketball (CBB), Guy Peixoto Jr, que também passou por situação semelhante. “Os jogadores mais experientes da minha época – Adílson Nascimento, Marcel de Souza, Oscar Schmidt e outros – sempre acolheram muito bem aos jovens, dando total apoio, o que aumentava a chance de desenvolvimento dos novatos. Vejo isso acontecendo com o nosso selecionado nacional feminino na preparação para o Sul-Americano; tenho o mesmo sentimento daquela época, pois a tendência é que surjam novos valores”, explicou.
“Ter contato aproximado com os meus antigos ídolos, que eu só via pela televisão, e depois passei a treinar com eles, foi uma experiência muito prazerosa e enriquecedora, que está marcada para sempre em minha memória. E isso deve estar acontecendo com a Kamilla Cardoso e a Stephanie Soares, que estão debutando na Seleção e treinando ao lado de jogadoras já consagradas”, complementou o presidente.
A etapa de treinamentos preparatórios em Campinas (SP) será realizada até 27 de agosto (segunda-feira). No dia 28 de agosto (terça-feira) a delegação brasileira segue viagem com destino a Tunja, na Colômbia, sede do Campeonato Sul-Americano.