O Universo/Vitória segue rugindo forte no NBB 2016/2017. Em Belo Horizonte (MG), o Leão da Barra superou o Minas Tênis Clube, na Arena Minas, pelo placar de 82 a 78, e conquistou seu segundo resultado positivo seguido fora de casa, o que o mantém firme no pelotão de elite do campeonato.
Em meio à grande pressão do Minas no último período, Kenny Dawkins apareceu e resolveu a partida. Com 12 pontos nos dez minutos finais, o armador norte-americano foi extremamente crucial para o rubro-negro baiano evitar a virada mineira. Ao todo, o jogador marcou 19 pontos, além de sete assistências e quatro roubos de bola (25 de eficiência).
Os 17 pontos abertos no primeiro tempo certamente foram importantes para o triunfo baiano, mas não foi nada fácil. Diante da reação do Minas no terceiro quarto, em que a diferença caiu para um ponto, o time do Barradão precisou ter sangue frio e muita competência para segurar o time da casa no período final e soltar o grito de mais uma vitória no NBB.
“Fizemos um primeiro tempo fantástico, mas voltamos do intervalo completamente desfocados. Esse NBB CAIXA está provando que quem mantém o foco consegue se dar melhor. Entregamos nossa vantagem em 2 ou 3 minutos. Time que quer chegar longe não pode fazer isso. Estou feliz pela vitória, o Minas é uma grande equipe, mas chateado por essa situação”, frisou o técnico do Vitória, Régis Marrelli.
Além de Kenny, o esquadrão da Bahia contou com mais quatro atletas pontuando em dígitos duplos: Arthur, responsável por 13 pontos, e os pivôs Renato Scholz, André Coimbra e Chris Hayes, todos com dez pontos.
Com o resultado, o Vitória segue com um pé no G-4, agora com a mesma campanha do quarto colocado Mogi das Cruzes/Helbor – 11 triunfos em 17 partidas (64,7% de aproveitamento), mas com desvantagem no desempate. Por sua vez, o Minas segue na 12ª colocação, no limite da zona de classificação aos playoffs, com seis vitórias em 18 jogos (33,3% de aproveitamento).
É claro que diversos fatores influenciam na mudança de desempenho que sofreu o Vitória do primeiro para o segundo tempo. Mas um número que mostra esse contraste é nas assistências: foram expressivas 18 nos dois primeiros quartos, e somente oito nos 20 minutos finais.
“No primeiro tempo conseguimos fazer o que foi proposto e abrimos uma bela vantagem, mas no segundo tempo foi tudo ao contrário. Marcamos fraco, sofremos muitas cestas fáceis e eles reagiram. Mas tivemos tranquilidade no final e conseguimos a vitória, que é o que importa”, declarou o ala Arthur Belchor, do Vitória, que completou:
“Nosso time é 100% novo, então é difícil ser consistente o tempo todo. Estamos buscando isso a cada treino, a cada jogo. É normal. Vamos buscando essa consistência a cada dia para chegarmos firmes nos playoffs”, concluiu o camisa 4 do Vitória.
Depois de ir para o intervalo com 17 pontos atrás (48 a 31), o Minas voltou diferente do vestiário e mudou a história da partida. Com notória energia na defesa e belo aproveitamento no ataque, a equipe da casa emplacou uma incrível corrida de 18 a 2 em seis minutos e fez diferença simplesmente evaporar, o que colocou fogo no jogo. Porém, apesar da grande reação, os minastenistas não conseguiram virar no último quarto.
Apesar do resultado, os “guerreiros” minastenistas devem ser exaltados, principalmente o norte-americano Drew Maynard, que fez 17 pontos, o armador Paulinho Boracini, cestinha da partida com 24 pontos (recorde pessoal na temporada), e o pivô Anderson Mosso, responsável por um duplo-duplo de 11 pontos e 11 rebotes, destaques do time da casa.
Depois dos dois êxitos seguidos fora de casa, o Vitória retornará a Salvador (BA) para uma sequência de quatro jogos em casa, contra Vasco da Gama (16/02), Banrisul/Caxias do Sul Basquete (18), Campo Mourão (22) e Mogi das Cruzes/Helbor (25). Já o Minas entrará em quadra no dia 14 deste mês para enfrentar a LSB/Uniso, em Belo Horizonte.