Paris – Não foi fácil para a seleção brasileira de basquete desembarcar nos Jogos de Paris. A vaga veio no último jogo possível, vencendo a Letônia, na Letônia, na final do pré-olímpico após quase ser eliminado por Camarões ainda na fase de classificação da seletiva. Nesta terça-feira (23), a delegação pousou no aeroporto Charles de Gaulle, na capital francesa, sabendo da dificuldade da competição, mas confiante do papel que pode exercer. A tarefa, como no pré-olímpico, é árdua. Na primeira fase, integra grupo com os donos da casa, os alemães campeões do mundo e o Japão.
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“Temos os pés no chão, mas as expectativas são altas. Queremos medalha, lutar alto no pódio. No grupo é a mesma coisa. Precisamos fazer bons jogos para podermos passar de fase e tenho certeza que vamos conseguir fazer isso. O país que fica mais próximo da gente com relação a jogos é o Japão, então vamos focar em fazer esse jogo 100%, mas os outros dois vamos pra ganhar também”, disse falou Léo Meindl, logo que saiu da área de desembarque do Charles de Gaulle.
Bem representados
A primeira fase tem três grupos com quatro times cada. Avançam para as quartas de final os dois melhores de cada grupo, além dos dois melhores terceiros colocados. “Sabemos que todas as seleções têm uma capacidade muito boa, podem chegar longe e a gente está dentro disso também. Vamos aproveitar para fazer o nosso melhor para chegar o mais longe possível”, acrescentou o jogador, parte do quinteto ideal do Pré-Olímpico.
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Bruno Caboclo, eleito o melhor jogador do Pré-Olímpico, vai pelo mesmo caminho. “A expectativa é de ganhar os jogos. Temos equipe pra isso. Claro que são difíceis, mas vamos jogar para vencer todas as partidas. Então vamos dar o nosso melhor e trabalhar em equipe pra isso. É uma grande oportunidade para todos. O basquete tá crescendo bastante e o mesmo ocorre com o Brasil. Estamos bem representados”. Meindl acrescenta: “A preparação está sendo muito bom. Desde que acabou o pré-olímpico a gente já estava focado em fazer nosso objetivo, cumprir o que a gente quer fazer aqui. Tenho certeza que vamos nos sair muito bem.”
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Equilíbrio é uma norma
Tiago Splitter, assistente do técnico Aleksandar Petrović na seleção brasileira de basquete, lembra que o grupo está fazendo uma boa preparação há muito tempo. “Tivemos de passar pelo pré-olímpico na Letônia e já estamos há um bom tempo juntos. Chegamos bem, preparados. Um time que conquistou uma vaga muito sofrida. Treinamos muitos para estar aqui”, afirmou. Após os Jogos, Splitter vai assumir o Paris Basketball para comandar o time em sua primeira temporada na Euroliga, principal competição de clubes da Europa. “Numa Olimpíada não tem grupo fácil. Sabemos da dificuldade, cada jogo é uma final. Como foi visto nos amistosos, o equilíbrio é enorme. Até os Estados Unidos com dificuldades para ganhar e não vai ser diferente. O equilíbrio é uma norma do basquete.”
Podemos ganhar todas
O experiente Vitor Benite afirma ser importante a seleção brasileira de basquete encarar cada jogo como se fosse o último. “É muito importante para manter o foco durante toda a competição”, diz. “O grupo é um dos mais difíceis. Tem a França, jogando em casa e com um time de um talento impressionante, a Alemanha campeã do mundo e o Japão, que já mostrou em outras competições que briga em todos os jogos. Cada partida tem uma história e podemos ganhar todas. O time que estiver melhor naqueles quarenta minutos vai levar a vitória.”
A memorável vitória no pré-olímpico, encerrado há pouco mais de duas semanas, deu confiança. “Crescemos muito durante a competição, o que é sempre muito importante. Não dá pra esperar que vamos jogar todas bem, mas precisamos cumprir os objetivos. Lá, era classificar para a Olimpíada, agora é passar da primeira fase. Tem de manter isso sempre em mente”.