O momento para o basquete brasileiro é de aproveitar. Depois de um ciclo de ausência, a seleção masculina garantiu sua volta aos Jogos Olímpicos após vencer o Pré-Olímpico de Riga, no início do mês, e estará presente em Paris-2024. Um dos nomes mais experientes da equipe, o ala-armador Vitor Benite destacou, em entrevista coletiva nesta sexta-feira (19), que a classificação e a presença do país no maior evento do planeta devem ser valorizadas desde já.
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“O brasileiro está muito acostumado a ganhar, e pouco acostumado em curtir o esporte. Quando o time ganha, está sempre no topo da montanha. No basquete, só de estar presente nas Olimpíadas já é algo muito grande para o esporte. Porque é complicado se classificar. Para o esporte, para o Brasil, para nós jogadores, para aqueles que um dia estarão na seleção, é entender que já é algo muito importante para o basquete independente do que acontecer agora”, falou Benite.
Apenas 12 seleções participam do torneio de basquete olímpico, número bem abaixo em relação à Copa do Mundo, que conta com 32 equipes. Para Paris-2024, uma das vagas foi destinada à França, país-sede, sete foram distribuídas através do Mundial do ano passado e as quatro restantes tiveram que ser disputadas nos Pré-Olímpicos, realizados no início deste mês de julho. Foi através deste último método que o Brasil garantiu sua classificação.
Houve quatro Pré-Olímpicos, que contaram com a participação de seis seleções em cada. Em todos eles, apenas o campeão levou vaga. O Brasil disputou o torneio de Riga, na Letônia, que contou com Geórgia, Montenegro, Camarões, Filipinas e a anfitriã, e carimbou seu passaporte para a capital francesa após vencer os donos da casa na final. A seleção brasileira foi a única equipe que garantiu vaga jogando fora de casa.
Classificação de respeito
Com esse baixo número de equipes participantes – problema também enfrentado por outras modalidades coletivas -, grandes países ficaram de fora de Paris, como Lituânia, Croácia, Itália, Eslovênia, Polônia e a própria Letônia. Por isso, a presença do Brasil na competição mais importante da modalidade deve ser enaltecida, como destacou Benite. Mas, ao mesmo tempo em que vive o momento, o jogador de 34 anos também traça sonhos maiores e sonha com um lugar no pódio em sua terceira Olimpíada.
“É lógico que nós temos muita ambição de ir bem nas Olimpíadas e uma medalha seria um sonho, mas o fato de ter chegado lá mostra que todo o projeto e tudo que vem sendo feito está funcionando. Tem muita coisa para melhorar, mas a gente não pode deixar simplesmente passar. Temos que aproveitar porque é um momento muito importante”, falou ele, que jogou a última temporada no Palencia, da Espanha.
Em Paris-2024, o Brasil está no grupo A, ao lado de França (anfitriã), Alemanha (atual campeã mundial) e Japão. A estreia será em 27 de julho, no próximo sábado, às 12h15 (horário de Brasília), no Pierre Maurroy Stadium, em Lille. No dia 30, mas às 16h, a equipe enfrentará a Alemanha, no mesmo local. Por fim, fechando a primeira fase, jogará contra o Japão no dia 2 de agosto, às 06h. Os dois melhores de cada grupo e os dois melhores terceiros colocados avançam.