Ex-presidente Carlos Nunes da CBB não poderá se candidatar a nenhum cargo na enidade ou em suas afiliadas pelos próximos dez anos
A Assembleia Geral Ordinária da Confederação Brasileira de Basketball (CBB) optou pelo enquadramento do ex-presidente Carlos Nunes no ato de gestão temerária. O ex-dirigente fica proibido de se eleger a qualquer cargo na CBB ou em suas filiadas por dez anos.
A decisão foi tomada quando um relatório de auditoria extena revelou dívidas acuuladas ao longo dos últimos anos. O trabalho revelou um passivo até dezembro de 2017 de R$ 38 milhões e uma série de irregularidades. “Desde que me tornei candidato disse que contrataria uma auditoria e assim fiz. Foi uma despesa minha porque a CBB não teria recursos para tal. Fiquei fortemente impressionado com a situação que a Confederação viveu nos últimos anos”, disse Guy Peixoto.
Relatório
O relatório, realizado pela BDO Auditores, revelou a real financeira da entidade. Apresentado pelo secretário geral da entidade, Carlos Fontenele, o rtabalho aponta irregularidades como a omissão de valores, assinaturas de apenas um funcionário, confissões de dívidas sem comprovação de serviços, sistema extra contábil, contratos assinados apenas pelo presidente com data além de seu mandato e adiantamentos para empresas sem justificativas que provocavam ajustes para viabilizar o balanço.
Um dos eleitos para representar os atletas na CBB, Cadum foi quem sugeriu a punição. “Agora que ficou clara a conduta administrativa do ex-presidente, que culminou com a situação em que a CBB se encontra hoje, queria propor à Assembleia deliberar o enquadramento dele por gestão temerária”, disse.
Os problemas vão além: foram apontados gastos em cartão de crédito corporativo, pagamento de cruzeiros, viagens e hospedagem de familiares do ex-presidente, saques com o cartão corporativo sem justificativa, além do pagamento de cartão de crédito de familiares.
Atletas
Por fim, foram aprovados ajustes no estatuto para se adequar a novas conformidades da FIBA e do Ministério do Esporte. Os atletas deixaram a Assembleia certos de que é preciso participar e colaborar para a reestruturação do basquete. “Não podemos ver isso aqui como uma participação pontual. Temos que estar próximos. Nós somos responsáveis sim pelo que acontece na CBB, não podemos nos eximir e temos que olhar tudo com bastante atenção para não repetirmos os mesmos erros”, alertou Paula.