Depois de perder para Austrália, Sérvia e Alemanha no Pré-Olímpico de Belém, a seleção brasileira de basquete feminino deu adeus ao sonho de disputar os Jogos de Paris-2024. Técnico do Brasil nos últimos cinco anos, José Neto lamentou a eliminação, disse que a evolução da equipe “não foi suficiente” para a classificação e deixou aberta sua permanência ou não no cargo. Veja a entrevista em vídeo!
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“É visível essa melhora nos cinco anos que estou aqui, mas, como eu falei no primeiro dia: nós sabemos que nós melhoramos. O que a gente queria ver era se essa melhora seria suficiente para gente poder dar mais esse passo e a gente viu que não foi suficiente”, lamentou.
MAIS EXPERIÊNCIA INTERNACIONAL
José Neto admitiu que a maior parte do grupo ainda se ressente de jogar mais partidas no nível do que foi enfrentado no Pré-Olímpico de basquete feminino. “Nós temos oito jogadoras que jogam a LBF. Sem desmerecer nada, mas é muito diferente do que jogar uma Euroliga, jogar uma WNBA, que tem esse nível de competitividade maior. Então, por isso que eu falei no primeiro dia, elas fizeram o máximo que elas podiam. Hoje o Brasil compete nesse nível e precisamos agora ganhar nesse nível. Se a gente tivesse classificado, eu tenho certeza que a gente ia brigar por uma medalha. Se ia ganhar, eu não sei, mas acho que a gente ia brigar porque a margem de melhora é muito grande”, analisou.
O treinador comparou a participação do Brasil neste Pré-Olímpico de basquete feminino com o passado, que aconteceu em Bourges, na França, em 2020. “A gente jogou com a Austrália também e jogamos para perder de pouco. Sabíamos que íamos perder. Depois jogamos com a Austrália de novo na Sérvia (Pré-Mundial em 2022) e a gente já sentiu que melhorou um pouco. E aqui (em Belém) a gente praticamente teve próximo de ganhar. A mesma coisa aconteceu contra a Sérvia. E estamos falando de países que conquistaram medalhas recentemente no cenário mundial”.
FUTURO
Sobre o futuro, José Neto deixou tudo em aberto e colocou a decisão nas mãos da diretoria da Confederação Brasileira de Basquete (CBB). “Todo mundo sabe e eu sempre falei desde o primeiro dia, que a gente estava trabalhando para este ciclo de Paris e este ciclo acabou hoje. Agora é uma questão administrativa que acho que quem vive nesse meio tem que saber o que se passa. Vamos esperar agora o que vai acontecer. A gente ainda não sabe. Tudo ainda é muito recente. Mas digo que o compromisso era para isso e esse ciclo infelizmente se encerrou, talvez de uma forma muito cedo”, lamentou.