Depois de ficar de fora de Tóquio-2020, a seleção brasileira de basquete masculino quer voltar aos Jogos Olímpicos em Paris-2024 e, para isso, terá que vencer o Pré-Olímpico, que acontecerá em Riga, na Letônia, em julho do ano que vem. Para o treinador da equipe, Gustavo de Conti, essa é uma possibilidade concreta. Segundo ele, o Brasil “pode competir” e tem chances de conquistar a vaga olímpica.
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“Nós não somos os favoritos, mas estamos no nível das seleções de Montenegro e Geórgia. Um pouco abaixo da Letônia, mas eu diria que somos tão competitivos que teríamos chance de ganhar não só um jogo deles, mas também vencer mais em um possível playoff. Não vai ser fácil, mas não seria zebra alguma se a gente conseguisse essa vaga para a Olimpíada”, falou Gustavo de Conti, em entrevista coletiva, nesta terça-feira (28).
O Brasil foi sorteado no Pré-Olímpico que acontecerá em Riga, na Letônia, em que jogará contra Camarões e Montenegro no grupo B. Caso fique entre os dois primeiros colocados da chave, avançará para as semifinais e cruzará com o grupo A, que conta com Geórgia, Filipinas e Letônia. Após a semifinal, haverá a final, que definirá a equipe classificada para os Jogos Olímpicos de Paris-2024.
“Não tinha muito o que escolher nesse sorteio. O basquete internacional está muito equilibrado. Apesar disso, eu vejo o Brasil competitivo e com chances. Se entrássemos em uma chave que tivesse uma equipe que é um bicho papão, seria um problema, mas o Brasil está muito próximo das outras equipes. É um Pré-Olímpico que a gente pode competir muito bem”, completou Gustavinho.
Avaliação dos adversários
Também treinador do Flamengo, Gustavo de Conti está a frente da seleção brasileira de basquete masculino há dois anos. De lá para cá, conquistou o vice-campeonato da AmeriCup, no ano passado, e foi bronze nos Jogos Pan-Americanos de Santiago-2023, há menos de um mês. Além disso, ele comandou a equipe na Copa do Mundo, há dois meses, e pôde acompanhar os adversários que o Brasil enfrentará no Pré-Olímpico.
“Montenegro, Geórgia e Letônia têm como tradição o jogo coletivo, não centralizado em alguém. Temos conseguido mapear cada vez mais as seleções africanas, mas a de Camarões não. Precisaremos esperar um pouco mais de tempo para saber quais serão os convocados. Montenegro tem pivôs muito bons, como o Vucevic e o Dubljevic, e que podem desequilibrar”, avaliou o treinador sobre os adversários do Brasil no grupo B, já projetando o cruzamento da outra chave:
“A Geórgia tem Shengelia e Shermadini e fez bons jogos no Mundial, é uma seleção coletivamente muito forte. A Letônia é a grande favorita, até por estar jogando em casa e por ter feito uma grande Copa do Mundo, mesmo sem o Porzingis. Recentemente, o armador teve uma lesão grave. Filipinas é uma seleção parecida com a de Camarões, mas também tem jogadores naturalizados”, falou.
A quase vaga olímpica na Copa do Mundo
O Brasil não teria a necessidade de disputar o Pré-Olímpico de basquete caso tivesse conquistado a vaga para Paris-2024 via Copa do Mundo. E ela não veio por pouco. A seleção precisava terminar a Copa do Mundo entre as duas melhores equipes das Américas para se classificar. Após vencer o Canadá, a equipe chegou na última rodada da segunda fase com chances reais de carimbar o passaporte e precisava vencer a Letônia ou contar com um novo tropeço canadense diante da Espanha, o que não aconteceu.
“Foi uma mistura de sentimentos ali, porque era uníssono que o Brasil precisava ganhar do Canadá para conseguir a vaga olímpica. E ganhamos. Mas na decisão contra a Letônia, o jogo escapou no terceiro período e não conseguimos buscar mais. As faltas do Bruno Caboclo complicaram bastante a gente naquele momento. Tive que substituí-lo e, no momento em que ele esteve fora, nosso desempenho caiu muito”, disse Gustavo de Conti.
“São detalhes que acontecem durante o jogo, mas que acabou escapando de nossas mãos. Ainda tínhamos a possibilidade da Espanha. Faltavam três minutos e eles estavam sete pontos na frente, mas tomaram a virada. Foi uma infelicidade, mas não podemos lamentar muito porque não está no nosso controle. Isso mostra o equilíbrio e a paridade que tem todo mundo. Conseguimos derrotar o Canadá, mesmo com o seu melhor time”, finalizou.