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Santiago 2023

Érika faz duplo duplo e Brasil é bicampeão do basquete feminino

Apesar de não repetir as boas atuações da campanha, Brasil vence Colômbia e é bicampeão do basquete feminino nos Jogos Pan-Americanos

Seleção Feminina de basquete do Brasil no pódio dos Jogos Pan-Americanos de Santiago-2023
Foto de Miriam Jeske/COB @miriamjeske_

O Brasil esteve longe de repetir as atuações das primeiras partidas dos Jogos Pan-Americanos, mas confirmou o favoritismo e conquistou o bicampeonato do basquete feminino. A seleção brasileira derrotou a Colômbia por 50 a 40 e garantiu a medalha de ouro. O destaque do jogo foi a veterana Érika, que, aos 41 anos, liderou a equipe com um duplo duplo com 13 pontos e 12 rebotes.

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Foi a quinta conquista do Brasil no basquete masculino na história dos Jogos Pan-Americanos. O país faturou a medalha de ouro em Winnipeg-1967, Cáli-1971, Havana-1991, Lima-2019 e agora em Santiago-2023. Com cinco títulos, está atrás apenas dos Estados Unidos, que ganharam sete vezes os Jogos Pan-Americanos.

Domínio na defesa e no placar!

Os primeiros minutos foram de predomínio das defesas e muitos erros dos ataques. Foi graças a luta de Licinara dentro do garrafão que o Brasil abriu 6 a 3 com quatro pontos dela. A Colômbia, por outro lado, foi a primeira a acertar uma bola de fora e empatar o jogo com Jenifer Muñoz.

Leila Zabani não respondeu só na mesma moeda, mas fez em em dobro. Duas cestas de três, que deixaram o Brasil em vantagem por 12 a 6. Se o ataque ia bem, a defesa ia melhor ainda. A marcação brasileira fazia com que o aproveitamento colombiano não passasse de 25%.

Dentro do garrafão, a Colômbia não tinha chances, mas conseguiu acertar duas bolas de três com Maria Delgado. Gabriella Sossô respondeu com uma bola do perímetro. Mas foi Érika, com sete pontos na reta final do período, que garantiu a vantagem de 23 a 15 para o Brasil no primeiro quarto.

Inimigas da cesta

No segundo quarto, o nível do jogo despencou. Colômbia e Brasil se tornaram inimigos da cesta. Nada da bola cair. As colombianas tiveram apenas 19% de acerto nos arremessos contra 23% do Brasil.

Do perímetro, então, a coisa foi ainda pior: ninguém acertou nada e olha que a Colômbia tentou sete bolas de três e o Brasil, três. No fim, foram nove pontos das brasileiras e oito das colombianas, que fizeram a vantagem aumentar para nove pontos antes do intervalo: 32 a 23.

A única que se salvou em meio a um jogo duro de assistir no segundo quarto foi Érika. Ela marcou quatro dos nove pontos brasileiros e foi para o vestiário como cestinha com 11 pontos e líder de rebotes com sete bolas recuperadas.

Na volta para o terceiro quarto, a situação do jogo não se alterou. Nada de bolas de três e cada equipe marcou apenas seis pontos durante o período. Com isso, o Brasil se manteve na frente por 38 a 29.

Brasil desencanta

No último quarto, tudo parecia que continuaria como nos dois anteriores. Mas o Brasil desencantou quando finalmente uma bola de três caiu. Débora foi a autora da proeza e fez a diferença chegar a 14 pontos: 45 a 31. Maria Delgado respondeu na mesma moeda e a vantagem voltou para 11.

A ala colombiana estava disposta a colocar a Colômbia definitivamente no jogo e marcou outras duas de três para não deixar o Brasil disparar no placar. Mas apesar do bom desempenho de Maria Delgado, que terminou com 15 pontos, a seleção brasileira conseguiu administrar a reta final do jogo para vencer por 50 a 40.

Fundador e diretor de conteúdo do Olimpíada Todo Dia

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