Há quatro anos, Érika tinha 37, quando o Brasil acabou com o um jejum de 28 sem vencer os Jogos Pan-Americanos. Na época, ela se emocionou e deu a entender que estava se despedindo da seleção brasileira de basquete feminino. O amor, no entanto, foi maior e ela voltou. Dentro da quadra, viveu a decepção de ficar fora dos Jogos Olímpicos de Tóquio-2020, mas também a redenção de ajudar a equipe a conquistar o título da Copa América. Agora, aos 41, a “tia” da seleção quer o bicampeonato do Pan em Santiago-2023 e sonha com uma despedida em grande estilo em Paris-2024. Com o cada vez mais próximo fim da carreira, a pivô não conseguiu controlar a emoção.
- Damiris Dantas comemora aniversário com vitória e MVP
- Stephan Barcha conquista GP Primavera com cavalo novo
- Antonio Bravo e Vittoria Lopes são campeões em Brasília
- Lucas Pinheiro retorna ao slalom com 4º lugar em Levi
- Nicole Silveira fica em sexto lugar na segunda Copa do Mundo
+ SIGA O OTD NO FACEBOOK, INSTAGRAM, TWITTER E YOUTUBE
“Eu sou até suspeita em falar de seleção brasileira. Fico até emocionada. Eu amo estar aqui. Eu ano passar esses perrengues que nós passamos hoje, de conviver com as meninas. As meninas antigas, as meninas novas, as meninas que estão chegando agora. Eu como a “tia” sempre tento passar tranquilidade. São 28 anos de seleção. Eu estou com 41, então eu sei que este ciclo está terminando, infelizmente. Mas eu quero aproveitar tudo! Eu falo para o meu marido que a seleção para mim é inexplicável. É uma família, eu amo estar aqui. Por mim, eu continuaria até sei lá quando, mas infelizmente não posso. Mas já combinamos, eu e as minhas sobrinhas, que a gente vai dar o nosso melhor sempre que tiver na seleção para poder terminar bem lá em Paris”, conta a experiente jogadora.
EMOÇÃO À FLOR DA PELE
Enquanto falava as frases escritas acima, os olhos de Érika se encheram de lágrimas, uma emoção de quem é completamente apaixonada por aquilo que faz. “Eu estou tentando me manter forte porque seleção para mim é inexplicável. Abro mão do que for para estar com a seleção e, sempre que eu puder, mesmo jogando um minuto, dois minutos, eu vou dar meu melhor. Vou fazer tudo o que eu puder para contribuir com o basquete feminino do Brasil subir e graças a Deus estamos subindo”.
Neste momento da entrevista, já não dava mais para segurar as lágrimas, que escorriam no rosto, enquanto Érika mostrava orgulho pelos resultados conquistados pela seleção brasileira nos últimos anos. “A gente está conseguindo provar para o Brasil e para o mundo que o basquete feminino não acabou lá atrás. Ele simplesmente está ressurgindo como uma fênix e, por mim, vou dar meu melhor sempre. Vou contribuir, vou ajudar as meninas, mesmo da arquibancada ou da minha casa. Sempre pego o telefone, eu ligo, eu converso com as meninas, mas o que eu amo mesmo é estar dentro da quadra, passando esses perrengues com elas”, afirma Érika, que sem seguida reclamou em tom de brincadeira: “Aaaaah! Vocês me fizeram chorar”.
PACTO POR PARIS-2024
Com tanto amor e com tanta paixão pela seleção brasileira, Érika fez um pacto com as jogadoras para chegar até Paris-2024. “Por favor, né? Me ajude a te ajudar! Eu quero e já combinei com as meninas. Elas até já deram o nome da minha futura filha de Paris. Eu falei, peraí, também não é para tanto! (risos). Mas o importante é que estamos colocando tijolo por tijolo e com certeza a gente vai ser recompensada lá em Paris”.
Mas antes disso, o Brasil vai ter que passar pelo Pré-Olímpico, que vai ser disputado no carnaval do ano que vem, em Belém, do Pará. “Tem Belém ainda! Não pode pular as etapas! Agora é o Pan, depois descansar, Belém e lá em Paris eu volto aqui com a medalha para mostrar a todos vocês”, promete.