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Basquete

Seleção universitária busca manter filosofia da equipe adulta

Basquete feminino treina em Chengdu-2021 para Jogos Mundiais Universitários, pensando também em Paris

Lara basquete feminino universitário Jogos Mundiais Universitários Chengdu 2021
(Foto: CJR/CBDU)

O basquete feminino brasileiro chega em alta para os Jogos Mundiais Universitários Chengdu-2021, que começarão na próxima quinta-feira (28). A equipe, que é sub-26, possui seis jogadoras do College, o circuito universitário dos Estados Unidos, e é liderada pelo francês Virgil Lopez, auxiliar técnico da seleção principal. Dessa forma, o time trabalha com a mesma filosofia implementada na equipe adulta, que vem fazendo sucesso nas últimas competições.

“Desde a vinda do (José) Neto para a comissão técnica da seleção de basquete feminino, estamos querendo implementar uma metodologia comum para todas as seleções, que seja de base, universitária e até o adulto. Está dando bastante resultado. Aqui temos algumas meninas que já trabalharam comigo na seleção ou em clubes. Isso facilita para poder atingir o nosso sonho, que é abrir o leque de jogadoras para participar dos Jogos Olímpicos”, disse Virgil.

Virgil Lopez, treinador da equipe universitária brasileira de basquete feminino (Foto: CJR/CBDU)

Casado com uma brasileira, Virgil Lopez conquistou quatro títulos da Liga de Basquete Feminino (LBF) antes de chegar à comissão técnica da seleção brasileira adulta em 2019. Ele passou a integrar a equipe após a chegada de José Neto, que trouxe uma uma forma de trabalhar que deu muito certo. Desde então, já conquistou três títulos: Jogos Pan-Americanos Lima-2019, Sul-Americano de 2022 e AmeriCup de 2023.

Radar para Paris-2024

Com a conquista mais recente da Americup, no início de julho, o Brasil já se garantiu no Pré-Olímpico Mundial de basquete feminino, estando muito perto de se classificar para os Jogos Olímpicos de Paris-2024. A formação da equipe universitária traz nomes de jovens jogadoras, que já passaram pelas seleções brasileiras de base, como Letícia Soares e Izabel Varejão. A disputa dos Jogos de Chengdu-2021 é uma oportunidade para as colocar no radar da equipe principal.

Iza Varejão e Débora Reis (Foto: CJR/CBDU)

“Graças a Deus, eu já tive a oportunidade de representar o Brasil antes e sempre foi uma honra muito grande. Poder estar aqui de novo, representa muito, porque eu já estou há oito anos nos Estados Unidos. Poder jogar com o basquete, com o estilo e com as meninas brasileiras é uma oportunidade muito boa e estou grata de ter”, destaca Izabel Varejão, que é sobrinha do ex-jogador Anderson Varejão, que fez sucesso na NBA.

Referência

Izabel está há oito anos nos Estados Unidos. Ela atuou por Michigan até este ano, mas vai defender Syracuse na próxima temporada. Além dela, outras cinco jogadoras desta seleção universitária estão no College ou passaram por ele ao longo de suas formações. É o caso de Nina Gonçalves (St. Petersburgo), Luana Leite (San Francisco), Milena Fromming (Stony Brook), Nataly Dunka (UOP) e Débora Reis (San Francisco).

Luana Leite basquete Chengdu-2021
Luana Leite é uma das jogadoras que atua nos EUA (Foto: CJR/CBDU)

Ainda há Letícia Soares, inscrita pela Universidade de San Diego e que vai atuar pelo ACD Ferragudo, de Portugal na próxima temporada. Completam a lista de jogadoras da equipe para os Jogos Mundiais Universitários Chengdu-2021: Allanis Delboni (Cestistica Spezzina-ITA), Lara Pietra (ADC Bradesco-BRA), Julia Letty (São José-BRA) e Ster Martins (Foz Basquete-BRA).

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“As meninas que jogam nos Estados Unidos podem passar referência. Tendo esse nível de competição, elas vão agregar a visão delas de como se jogar o basquete em alto rendimento. Esse compartilhamento de experiência é muito importante para todo mundo elevar o nível até o primeiro dia do jogo”, comentou Virgil.

Projeção

A maioria das jogadoras jamais atuou junto. A equipe fez três treinos no Brasil antes de embarcar para a China. Após chegar em Chengdu, o grupo já treinou duas vezes, sendo uma vez no ginásio da Sichuan Normal University, um dos locais oficiais de treino dos Jogos Mundiais Universitários. Apesar do pouco contato anterior, a seleção caminha em sintonia, de acordo com o treinador e as jogadoras.

“Estamos em uma sintonia e uma união muito boas, está todo mundo se dando bem. É uma vibe ótima, então está sendo uma grande experiência jogar com esse grupo”, disse Iza Varejão. “Uma boa energia e um bom astral é um meio caminho para o sucesso. Outros caminhos são a parte tática e técnica, que nós estamos desenvolvendo sobre a parte dos treinos”, completou Virgil.

Julia Letty e Virgil Lopez basquete feminino Jogos Mundiais Universitários
Julia Letty e Virgil durante treino (Foto: CJR/CBDU)

O Brasil terá Romênia e Finlândia na primeira fase de Chengdu-2021. O primeiro compromisso será contra a Romênia, na quinta-feira, às 10h (hora local; quarta-feira, 23h, horário de Brasília). Sem conhecer muito as adversárias, Virgil projeta uma competição dura, mas com a equipe brasileira brigando pelas pelas primeiras posições.

“Nós queremos subir no pódio, mas é difícil dizer porque eu não conheço as jogadoras que estão jogando os Jogos Mundiais Universitários. Então, nós estamos procurando vídeos de cada seleção e de cada jogadora adversária para justamente se preparar e alcançar uma vitória de cada vez”, apontou.

Paulistano de 23 anos. Jornalista formado pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). Estou no Olimpíada Todo Dia desde 2022. Cobri a Universíade de Chengdu, o Pan de Santiago-2023, a Olimpíada de Paris-2024 e a Paralimpíada de Paris-2024.

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