O basquete participa dos Jogos Olímpicos desde Berlim 1936. mas foi exclusivamente masculino até 1972. Finalmente em Montreal 1976 começou a ser disputado o torneio feminino. Nos Jogos Olímpicos de Paris 2024 serão 12 times tanto no feminino quanto no masculino e a fase classificatória é bem longa e portanto já em curso. Confira todos os detalhes da qualificação, chances do brasil e programação do basquete neste guia olímpico completo.
Na história olímpica do basquete, o Brasil possui três bronzes no masculino, enquanto a seleção feminina levou uma prata e um bronze. O país segue na busca por vagas, mas depois de ter ficado de fora de Tóquio 2020 a expectativa é grande para um possível retorno do país à elite mundial. De todos 18 esportes em que o Brasil subiu ao pódio, o basquete é o único ainda sem medalhas no século XXI.
Ficha Técnica
Atletas: 288
Vagas: 24
Eventos: 2
Vagas Preenchidas: 10 (120 atletas)
Países Classificados: 2
Atletas Convocados: 0
Alocação das Vagas: Comitê Olímpico Nacional
Última atualização do Guia Olímpico: 09/09/2023 (versão 2)
História do Basquete nos Jogos Olímpicos
Os EUA dominam o esporte, levando 16 ouros, 1 prata e 2 bronzes, ficando de fora do pódio apenas em Moscou 1980 por ocasião do boicote. Apesar da União Soviética ter vencido as duas primeiras edições femininas – e eventualmente um terceiro como Time Unificado 0, os EUA dominam a história recente, com nove ouros, uma prata e um bronze.
O basquete é peça importante da história olímpica brasileira. O time masculino venceu três bronzes, enquanto o feminino tem duas medalhas. Primeiramente, a geração de Hortência e Paula conseguiu um resultado histórico vencendo a medalha de prata em Atlanta 1996. Com destaque para Janeth e Marta, o Brasil ganhou dois jogos emocionantes contra Rússia e Coreia do Sul levando finalmente o bronze. Após sete participações ininterruptas entre Barcelona 1992 e Rio 2016, o Brasil perdeu para o Porto Rico numa virada dramática ficando de fora de Tóquio.
As conquistas do Brasil foram em Londres 1948, Roma 1960 e Tóquio 1964, enquanto a geração de Oscar levou a cinco participações seguidas, ficando entre quinto e nono lugar entre Moscou 1980 e Atlanta 1996. Desde então, o Brasil participou apenas de duas das últimas seis edições olímpicas. Em Londres 2012 terminamos em quinto, caíndo para a Argentina nas quartas, mas na Rio 2016 não passamos da fase classificatória.
Classificação Olímpica do Basquete em Paris-2024
No torneio feminino, além da França, a campeã mundial de 2022 (EUA) garante a primeira vaga em disputa. As 10 últimas vagas ficam a cargo de pré-olímpicos. Enquanto isso no torneio masculino, a França também está garantida e 7 vagas virão através do Mundial, restando as 4 últimas vagas para os pré-olímpicos finais.
Parece relativamente simples, mas o caminho até chegar nos pré-olímpicos é um tanto longo. Primeiramente, seis times da África, oito times das Américas e oito times da Ásia/Oceania se classificam para uma fase preliminar ao pré-olímpico feminino a partir de campeonatos continentais. Entre junho e agosto de 2023, os campeonatos continentais determinarão os times participantes.
Primeiramente, a Eurobasket definiu os cinco primeiros times, além da França: Bélgica, Espanha, Hungria, Sérvia e Alemanha. Em seguida, um campeonato reunindo times da Ásia e Oceania garantiu duas equipes de cada continente. Japão e China se classificaram pela Ásia e igualmente, Austrália e Nova Zelândia pela Oceania.
Além disso, os campeonatos continentais da África e das Américas darão duas vagas cada, mas os EUA já tem uma vaga americana assegurada por ser campãs mundiais. E finalmente, um último pré-pré-olímpico com quatro equipes americanas definirá as duas das 16 vagas.
Como os EUA é o atual campeão mundial, ele não só tem o direito de participar mas também já tem a vaga assegurada e apenas um dentre os três times restantes se classificarão. A França é outra que também participará do pré-olímpico final mesmo já tendo vaga.
Os 16 times serão enfim distribuídos em 4 grupos de 4 em pré-olímpicos a serem disputados em fevereiro de 2024. Nos dois grupos em que EUA e França participarem, os dois melhores – exceto esses países – se classificam, enquanto nos outros serão três vagas distribuídas. Ou seja, efetivamente em cada grupo uma seleção será eliminada.
Pré-Olímpico de Basquete Masculino
Já o torneio masculino classifica a maioria das seleções através do mundial de 2023. Além da França, já classificada, os 2 melhores times das Américas, 2 da Europa, 1 da África, 1 da Ásia e 1 da Oceania garantem vaga em Paris 2024. As 4 últimas vagas ficarão com times que vencerem os pré-olímpicos mundiais.
O caminho ao pré-olímpico acontece em paralelo com o mundial, funcionando como uma espécie de repescagem. As quarenta melhores seleções não classificadas para o mundial (oito da Ásia/Oceania, oito da África, oito das Américas e dezesseis da Europa) disputarão uma fase preliminar continental, composta por cinco torneios de oito times cada. A seleção vencedora de cada continente se classifica para o pré-olímpico mundial, sendo que por conta do número elevado de times europeus, serão dois pré-pré-olímpicos continentais no velho continente. O Brasil, vale lembrar, não participa pois já está classificado ao Mundial.
Enquanto isso, no Mundial oito equipes saem com a classificação. Das 24 restantes, as 19 melhores seguem para o pré-olímpico, sendo que necessariamente haverá uma da África, uma da Ásia e uma das Américas. Juntos com as cinco seleções advindas do pré-pré-olímpico, as vinte e quatro seleções se dividem em quatro grupos de seis, sendo que as equipes vencedoras de cada um dos torneios irão aos Jogos Olímpicos de Paris.
Pré-Olímpicos Mundiais
Masculino– 4 grupos com 24 times. O vencedor de cada grupo se classifica.
Classificados pelo Mundial 2023- Egito, Porto Rico, Nova Zelândia, Letônia, Lituânia, Eslovênia, Itália, Espanha, Montenegro, Brasil, República Dominicana, Grécia, Geórgia, Finlândia, Líbano, Filipinas, México, Angola, Costa do Marfim
Qualificatórios continentais- Bahmas, Bahrein, Camarões, Croácia, Polônia
Feminino- 4 grupos com 16 times, incluindo EUA e França. 3 times se classificam em cada grupo, sendo que EUA e França já estão classificadas automaticamente, e portanto serão decididas apenas as outras 2 vagas dentre os 3 times.
Já com vagas olímpicas- EUA, França
Afrobasket- Nigéria, Senegal
Americup- Brasil
Copa da Ásia/Oceania- Austrália, Nova Zelândia, China, Japão
Eurobasket- Alemanha, Bélgica, Espanha, Hungria, Sérvia
Pré-Pré-Olímpico das Américas- 2 vagas a serem disputadas entre Canadá, Porto Rico, Colômbia e Venezuela
Calendário de eventos do basquete feminino rumo a Paris 2024
- Campeonato Mundial de 2022, em Sidney, Austrália, entre 22 de setembro e 1 de outubro de 2022. Vale 1 vaga direta para a campeã;
- Eurobasket 2023, entre 15 e 23 de junho de 2023, na Eslovênia e em Israel. Vale 5 vagas para o pré-olímpico mundial, mais a França, já classificada como país-sede;
- Copa da Ásia e Oceania de 2023, de 26 de junho a 2 de julho, em Sydney, Austrália. Vale 2 vagas para o pré-olímpico mundial para cada um dos continentes;
- Copa América 2023, de 1 a 9 de julho de 2023, em León, México. Vale 1 vaga para o pré-olímpico mundial, além dos EUA já classificados. Além disso, outras 4 seleções se garantem no classificatório das américas;
- Afrobasket 2023, de 28 de julho a 6 de agosto, em Kigali, Ruanda. Vale 2 vagas para o pré-olímpico mundial;
- Classificatório das Américas, de 5 a 11 de novembro de 2023, em local a ser definido. Vale 2 vagas para o pré-olímpico mundial;
- Pré-Olímpicos, em Antuérpia (Bélgica), Rio de Janeiro (Brasil), Sopron (Hungria) e Xi’An (China), de 8 a 11 de fevereiro de 2024. Vale 10 vagas olímpicas.
Calendário de eventos do basquete masculino rumo a Paris 2024
- Campeonato Mundial de 2023, nas Filipinas, Indonésia e Japão, entre 25 de agosto e 10 de setembro. Vale 7 vagas olímpicas, para representantes dos cinco continentes (1 para África, 2 para América, 1 para Ásia, 2 para Europa e 1 para Oceania). Além disso, vale 19 vagas para o pré-olímpico mundial;
- Pré-Pré-Olímpico Europeu 1, de 12 a 20 de agosto, em Tallinn, Estônia, e Gliwice, Polônia. Vale 1 vaga para o pré-olímpico mundial;
- Pré-Pré-Olímpico Europeu 1, de 12 a 20 de agosto, em Istambul, Turquia. Vale 1 vaga para o pré-olímpico mundial;
- Pré-Pré-Olímpico Africano, de 12 a 20 de agosto, em Lagos, Nigéria. Vale 1 vaga para o pré-olímpico mundial;
- Pré-Pré-Olímpico das Américas, de 12 a 20 de agosto, em Santiago del Estero e La Banda, Argentina. Vale 1 vaga para o pré-olímpico mundial;
- Pré-Pré-Olímpico Asiático, de 12 a 20 de agosto, em local a ser definido. Vale 1 vaga para o pré-olímpico mundial;
- Pré-Olímpicos, em quatro locais a serem definidos e datas a decidir, de 2 a 7 de julho de 2024. Vale 4 vagas olímpicas.
Chances Brasileiras
A seleção masculina ficou muito perto da vaga olímpica no Mundial de 2023, mas perdeu a chance de levar diretamente quando Canadá obteve uma virada histórica diante da Espanha. Agora, o pré-olímpico deverá ser fortíssimo e o Brasil certamente terá ao menos dois times europeus pela frente.
Já a seleção feminina conseguiu uma grande vitória na Americup e chega novamente com boas chances para o pré-olímpico. Mas o fantasma de 2020 deve perseguir a seleção que provavelmente chegará melhor preparada ao torneio classificatório e com boas chances de conseguir a vaga olímpica.
Vagas em Disputa
Torneio Feminino (2/12)
País-Sede- França (12)
Mundial de 2022- EUA (12)
Pré-Olímpicos
A- 2 vagas
B- 2 vagas
C- 3 vagas
D- 3 vagas
Torneio Masculino (8/12)
País-Sede- França (12)
África- Sudão do Sul (12)
Américas- Canadá (12), EUA (12)
Ásia-Japão (12)
Europa- Alemanha (12), Sérvia (12)
Oceania- Austrália (12)
Pré-Olímpicos
A- 1 vaga
B- 1 vaga
C- 1 vaga
D- 1 vaga
Formato da Competição
Em Breve.
Programação dos Jogos Olímpicos – Basquete em Paris 2024
Em Breve.
Local de Disputa do Basquete nos Jogos Olímpicos de Paris
Fase de grupos: Stade Pierre Mauroy, em Lille.
O Stade Pierre Mauroy fica em Villeneuve-d’Ascq, região metropolitana de Lille. Tem capacidade de 27 mil espectadores e irá receber não só a fase de grupos de basquete, mas também as fases finais do handebol nos Jogos Olímpicos.
Pierre Mauroy foi prefeito de Lille entre 1973 e 2001, primeiro-ministro da França entre 1981 e 1984 e senador da França entre 1992 e 2011. Passou a nomear o estádio após sua morte, em 2013. Também é conhecido como Arena Decathlon, patrocinadora principal, mas o nome será devidamente apagado durante Paris 2024.
O estádio foi aberto ao público em 2012 e possui um teto retrátil, possibilitando receber vários esportes, mas também diversos espetáculos artísticos e culturais. Foi sede da final da Copa Davis de tênis de 2014 e 2017, partidas da Euro 2016 de futebol, o campeonato mundial de handebol em 2017, e o campeonato europeu de basquete em 2015.
Villeneuve-d’Ascq é um subúrbio residencial de Lille, próximo à fronteira com a Bélgica. Fica na região Altos da França (Hauts-de-France), no departamento do Norte (Nord). É conhecida principalmente por abrigar muitos campi universitários e por ser um dos principais polos tecnológicos da Europa, tendo sido a primeira cidade do mundo a abrigar um metrô sem condutor.
Além disso, Lille é uma cidade central no triângulo Bruxelas-Londres-Paris do Trem de Grande Velocidade (TGV) francês. Fica a 1h de Paris, 1h30 de Londres bem como a 35 minutos de Bruxelas, capital de muitas empresas e organizações europeias. Próximo das estações “Cité Scientifique” e “4 cantos” da linha 1 do metrô. Além disso, em dias de eventos existem ônibus gratuito para o estádio a partir da estação “Les Près” na linha 2.
Fase final: Arena Bercy, em Paris.
Finalmente, a Arena Bercy, com capacidade para 15 mil espectadores, receberá as fases finais do basquete, a ginástica artística e a ginástica trampolim nos Jogos Olímpicos, além do basquete de cadeira de rodas nos Jogos Paralímpicos.
Construída em 1984, é uma instituição parisiense conhecida primordialmente pelos eventos esportivos e culturais que recebe. Bem como é famosa para os fãs do esporte pelo torneio Masters 1000 que fecha a temporada regular do tênis masculino anualmente. Localizada ao lado da Cinemateca Francesa, a Arena Bercy fica justamente na frente da estação de metrô Bercy (linhas 6 e 14) e é próxima à estação de trem Gare de Lyon, servida pela linha 1 e 14 do metrô, e pelas linhas RER A e D de trem rápido, além ainda do Transilien R.