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Basquete

De Conti sobre classificação: “tira um peso das costas”

Treinador da seleção brasileira, Gustavo de Conti fala em alívio após classificação para mais uma Copa do Mundo

Gustavo de Conti comemora classificação do Brasil enquanto abraça Huertas
Gustavo de Conti e Marcelinho Huertas se abraçam (Foto: FIBA/Divulgação)

Após o duelo contra os Estados Unidos, que marcou a classificação do Brasil para mais uma Copa do Mundo de basquete masculino, o treinador da seleção, Gustavo de Conti, e o armador Yago concederam entrevista coletiva em Santa Cruz do Sul (RS). Entre análises do resultado e comemoração pela vitória, Gustavinho comentou sobre alívio de conseguir a vaga para o Mundial.
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“Seguimos ao lado dos EUA como o único país a jogar todos os Mundiais. Essa classificação também tira um peso das costas de todos nós. Ninguém queria ficar marcado como a primeira geração a não jogar um Mundial. E também nos possibilita que essa geração jogue o torneio mais importante do ciclo. Feliz pela classificação, agora é começar o planejamento para fazer o melhor Mundial possível”, disse Gustavo de Conti.
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Classificação sofrida

Como mencionado pelo treinador, o Brasil jamais ficou de fora de uma edição de Copa do Mundo de basquete masculino. A primeira delas ocorreu em 1950, em Buenos Aires, na Argentina, e desde então, foram 18 participações seguidas. A 19ª será no Japão, Indonésia e Filipinas, em evento programado para ocorrer entre 25 de agosto e 10 de setembro deste ano.

Jogadores pousam para foto enquanto comemoram classificação para a Copa do Mundo de basquete
Jogadores e comissão comemoram classificação (Foto: Divulgação/FIBA)

Mas para conseguir mais uma classificação, o Brasil teve que ter sangue frio. Com muito equilíbrio no continente, a seleção alternou momentos bons e ruins durante as Eliminatórias. Na última janela para classificação, o Brasil teve dois jogos em casa e dependia só de si para carimbar o passaporte para a Copa do Mundo. No primeiro, contra Porto Rico, perdeu, mas venceu o segundo contra os Estados Unidos, por 83 a 76, em duelo realizado na noite deste domingo (26).

“Sabíamos das dificuldades que teríamos. Perdemos para Porto Rico e tivemos essa pressão de jogar ela vitória. Mas se tivéssemos vencido eles, também viríamos para o jogo contra os EUA com a mesma vontade. É aquilo que digo: bem tão ao inferno na derrota e nem tão ao céu na vitória. Vamos comemorar e focar nos próximos objetivos. Queria muito voltar ao Brasil logo, estar na seleção e ser feliz, ainda mais depois do episódio que não deveria acontecer, mas aconteceu, na Espanha”, comentou Yago, se referindo ao caso de racismo sofrido por ele em partida pela EuroCup.

Projeção para a Copa do Mundo

Além de Brasil, outros seis times das Américas garantiram vaga para a Copa do Mundo de basquete: Canadá, República Dominicana, México, Porto Rico, Estados Unidos e Venezuela. Atual vice-campeã mundial, a Argentina não conseguiu se classificar após sofrer uma grande virada contra a República Dominicana, mesmo jogando em casa. O Mundial deste ano será a segunda edição com a presença de 32 seleções.

O sorteio dos grupos da Copa do Mundo acontecerá em 29 de abril, em Quezon City, nas Filipinas. Mas antes mesmo de conhecer os adversários e o caminho do Brasil na competição, Bruno Caboclo sonha em chegar longe: “Temos um time talentoso e que pode jogar de igual para igual com a grande maioria dos times no mundo. O que precisamos é crescer em regularidade. E teremos tempo para cada um trabalhar no seu clube até a Copa do Mundial. Não duvidem que podemos brigar por uma medalha”, falou.

Vale destacar ainda que a Copa do Mundo servirá como classificatório para os Jogos Olímpicos de Paris 2024. Os dois melhores times das Américas garantirão vaga na Olimpíada da capital francesa. No último Mundial, o Brasil chegou até a segunda fase e terminou em 13º lugar, ficando assim de fora da Olimpíada de Tóquio. A seleção brasileira masculina de basquete já foi campeã mundial em 1959 e em 1963.

Paulistano de 23 anos. Jornalista formado pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). Estou no Olimpíada Todo Dia desde 2022. Cobri a Universíade de Chengdu, o Pan de Santiago-2023, a Olimpíada de Paris-2024 e a Paralimpíada de Paris-2024.

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