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Basquete

Antônio Carlos Barbosa entra no Hall da Fama da FIBA

Técnico da seleção feminina de basquete no bronze de Sydney-2000, Antônio Carlos Barbosa entra para o Hall da Fama da FIBA

Barbosa, vestindo um terno cinza, posa para foto na frente de banner do hall da fama da FIBA
(Foto: divulgação/CBB)

Com uma vida inteira dedicada ao basquete, principalmente ao feminino, o técnico Antônio Carlos Barbosa, foi incluso oficialmente no Hall da Fama da FIBA, em cerimônia, nesta quarta-feira, dia 30, no Escritório Geral da Entidade, em Genebra. Nascido em Bauru, interior de São Paulo, Barbosa, de 77 anos, é o segundo treinador brasileiro com a honraria – Kanela é o outro, homenageado na Classe de 2007.

Antônio Carlos Barbosa foi técnico da Seleção Brasileira por mais de 20 anos, em três passagens (1976 a 1984, 1996 a 2007 e na Olimpíada Rio 2016), com 448 jogos internacionais e 330 vitórias. Foi o técnico do Brasil no bronze olímpico em Sydney 2000, além de ter disputado outras duas Olimpíadas. Tem seis participações em Jogos Pan-Americanos, com um ouro, dois bronzes e uma prata, e 10 títulos Sul-Americanos adultos.

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“Honestamente, poderia esperar tudo, mas nunca estar no Hall da Fama da FIBA. Sou uma pessoa muito simples, pouco vaidoso, e isso não me levava a imaginar que poderia ter esse reconhecimento da FIBA. Isso é o gran finale da minha carreira esportiva de técnico. Serei o segundo técnico brasileiro a receber, o primeiro foi o Kanela, que é um nome histórico. Fiquei emocionado. Era muito para a minha imaginação”, disse Barbosa após saber da honraria da FIBA.

A carreira de Barbosa

Barbosa começou no basquete cedo, ainda em Bauru. Aos 18 anos, como jogador, deu os primeiros passos no juvenil do Noroeste. Logo foi chamado para ser ténico da equipe feminina do colégio em que estudava. Em 1966, tornou-se técnico do Basket Feminino, em Bauru. Aos 23 anos, passou a ser assistente da Seleção paulista de basquete. Formado em educação física em 1969, viu sua carreira decolar.

Aos 26 anos, se tornou assistente técnico da Seleção Brasileira, tendo idade inferior às das jogadoras da época. Waldir Pagan era o técnico. Em 1976, assumiu efetivamente como técnico principal da Seleção feminina, mesmo que já tenha sido comandante em momentos de afastamento de Pagan entre os anos de 1971 a 1973.

“A minha carreira, como um todo, sou um dos poucos técnicos que percorreu a estrada desde o começo. Degrau a degrau. Comecei como técnico de colégio, passei a minha vida esportiva praticamente toda em Bauru, saí para ser técnico. E percorri tudo. Seleção paulista, assistente da Seleção. Isso te dá um conhecimento muito grande. Da vida, do basquete. Uma lição de vida absurda. A minha carreira foi de luta. No final dela, passei a dirigir equipes competitivas. Cheguei à assistente da Seleção com 26 anos. Cheguei e fiquei. Lancei Paula, Hortência, Marta, Vânia Teixeira, Janeth, e outras, que atingiram o nível excepcional. Peguei várias fases da Seleção”, lembra Barbosa.

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