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Basquete

Brasil paga preço por início ruim e perde título da AmeriCup

Após primeiro quarto muito ruim, Brasil reage, é melhor nos outros três períodos, mas deixa título da AmeriCup de basquete escapar a 17s do fim

Yago Brasil x Argentina AmeriCup de basquete masculino
Foto: Maurício Almeida/Brand/CBB

Brasil pagou o preço de ter feito um primeiro quarto muito ruim e, mesmo depois de reagir, ter sido melhor nos outros três períodos, acabou sendo derrotado pela Argentina por 75 a 73 na decisão da AmeriCup de basquete masculino. Após correr atrás do placar o jogo todo, a seleção passou na frente faltando 3min36s, mas deixou o título escapar a 17s do fim com uma cesta de Gabriel Deck.

Com resultado, o Brasil terminou a AmeriCup com a prata. Medalha essa que o País não via há mais de 10 anos, quando também perdeu a final para a Argentina, em Mar Del Plata. Até 2022, a seleção acumulava sucessivas campanhas ruins que não ultrapassavam a nona posição.

“Acho que essas duas semanas foram de muito basquete aqui em Recife. Seja com a Copa América, seja com as visitas que fizemos em alguns lugares, com as clínicas que aconteceram. A seleção Brasileira tem muito a agradecer a cidade e ao povo de Pernambuco. Nós fomos muito bem acolhidos por todos”, destacou o técnico Gustavo De Conti.

PRIMEIRO QUARTO

A Argentina começou o jogo on fire. Em apenas cinco minutos, foram quatro bolas de três, duas de Nicolás Laprovittola, uma de Facundo Campazzo e outra de Gabriel Deck, que fizeram o placar ficar em 14 a 4 logo de cara. Depois do atropelo inicial, o Brasil equilibrou o jogo, chegou a diminuir a diferença, mas uma outra bola de três, desta vez de Nicolas Brussino, fez os visitantes fecharem o período em 26 a 14.

+Confira tabela da AmeriCup de basquete

“Acho que começamos com uma atitude não muito boa, principalmente, defensivamente. Sem fazer o que a gente vinha fazendo nos últimos jogos. Um defesa forte, um basquete de contato e isso fez a muita diferença para que eles abrissem uma distância confortável no placar”, analisou De Conti.

SEGUNDO QUARTO

No segundo quarto, a Argentina mostrou superioridade novamente nos cinco minutos iniciais e chegou a 15 pontos de diferença em 40 a 25 na cesta marcada por Marcos Delia. Apoiado pela torcida e liderado por Marcelinho Huertas, o Brasil lutou até o fim para reduzir a diferença e, na bola de três de Georginho no estouro do cronômetro, foi para o intervalo perdendo por 48 a 38.

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TERCEIRO QUARTO

Na volta do vestiário, quem estava com mão certeira era o Brasil. Com duas bolas de três de Vítor Benite e uma de Georginho, a diferença caiu para 51 a 47 me menos de dois minutos de jogo. A Argentina reagiu, chegou a respirar um pouco, mas uma bola de três de Marcelinho Huertas colocou pressão de novo no adversário, derrubando a diferença para 56 a 53.

Apesar de ter voltado para o jogo, o Brasil perdeu algumas oportunidades para encostar ainda mais ou até empatar, mas a Argentina conseguiu terminar o período com sete pontos de vantagem: 67 a 60.

ÚLTIMO QUARTO

No começo do último período, o Brasil encostou de vez numa bola de três de Vitor Benite, que fez a diferença cair para 67 a 65. Por outro lado, a Argentina parou de pontuar e, depois de pegar um rebote ofensivo, Leo Meindl empatou o jogo em 67 a 67 a cinco minutos do fim.

O Brasil só foi passar a frente quando faltavam 3min31s numa bola de três de Lucas Dias. A Argentina voltou a assumir a liderança em dois lances livres convertidos por Gabriel Deck, mas Lucas Dias colocou mais uma do perímetro e o placar chegou a 73 a 71 para a seleção brasileira.

Depois disso, no entanto, o Brasil não conseguiu mais pontuar. A Argentina empatou numa enterrada de Marcos Delia e, faltando 17 segundos para o final do jogo, levou a virada com uma cesta de Gabriel Deck, que garantiu o título da AmeriCup de basquete para os visitantes.

“O Brasil demonstrou uma capacidade muito grande de voltar para o jogo. As vezes quando você está remando um pouco contra a maré, a perna cansa também. Você precisa meter umas bolas e está cansado. A Argentina mostrou essa capacidade no fim. É um time muito experiente também. Isso tudo fica como uma aprendizagem”, disse o brasileiro Vitor Benite.

Jornalista recifense formado na Faculdade Boa Viagem apaixonado por futebol e grandes histórias. Trabalhando no movimento olímpico e paralímpico desde 2022.

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