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Basquete

Paulistano surpreende Mogi, fora de casa, e vence no NBB

Vitor Geron

Jogando fora de casa, o Paulistano dominou por grande parte do jogo e venceu por 84 a 80 o Mogi das Cruzes pelo NBB 2017/2018

O Paulistano abriu o ano de 2018 em grandíssimo estilo. Com atuação imponente diante do líder do NBB, a equipe do técnico Gustavo De Conti dominou o Mogi das Cruzes durante a maior parte do duelo, segurou uma reação nos minutos finais e venceu em pleno Hugo Ramos, por 84 a 80. Com isso, a equipe entrou no grupo dos quatro primeiros colocados que vão direto às quartas de final.

Com o resultado positivo da noite desta quarta-feira (03), o Paulistano conquistou sua sexta vitória seguida e assumiu a quarta colocação do NBB, com campanha de oito triunfos em 11 partidas (72,7% de aproveitamento). Já o líder Mogi segue na primeira colocação mesmo com o revés. Agora, a equipe mogiana tem nove êxitos em 11 jogos (81,8% de aproveitamento).

O Paulistano justificou seu posto de líder em bolas de 3 da temporada e abriu 2018 “fazendo chover” no Hugo Ramos. Foram 15 acertos, sendo 14 deles nos três primeiros quartos (14/29 – 48,2% de aproveitamento). O desempenho só piorou por conta do período final, em que a equipe acertou somente 1/9. Mesmo assim, os tiros de longa distância foram sonoramente impactantes para a construção da larga vantagem alvirrubra e consequentemente para o triunfo.

Em grande atuação coletiva, o Paulistano teve como grandes destaques individuais o ala Lucas Dias, autor de 16 pontos (3/5 nas bolas de 3), sete rebotes e quatro assistências (22 de eficiência), e o pivô Guilherme Hubner, que começou como titular e registrou 14 pontos, com direito a 4/6 nas bolas de 3 pontos, além de cinco rebotes (18 de eficiência).

Junto da dupla Lucas e Guillherme, o CAP teve como destaques os alas/armadores Kyle Fuller, autor de 14 pontos, e Deryk Ramos, com 11 (3/7 nas bolas de 3), e o armador Elinho Corazza, que em seu reencontro com o Hugo Ramos apresentou sólida atuação de sete pontos, sete rebotes e sete assistências. Com nove pontos e sete sobras, o pivô bahamense David Nesbitt também teve contribuição efetiva.

O Paulistano foi amplamente superior durante 36 minutos. Neste período de tempo, foi bastante aplicado na defesa e extremamente sólido no ataque, com direito a 15 bolas de 3 pontos, e chegou a abrir 21 pontos (80 a 59) ainda no último quarto. Mas nos quatro minutos finais, o atual vice-campeão “apagou”, não fez mais nenhuma cesta e viu o Mogi aplicar uma corrida de 11 a 0 até o estouro do cronômetro (84 a 80).

O Paulistano confirmou ainda mais o rótulo de algoz do Mogi. No Campeonato Paulista 2017, o CAP eliminou os mogianos nas semifinais com virada de 2 a 0 na série (3 a 2) e ainda foi o responsável pelas duas únicas derrotas da equipe no Hugo Ramos na temporada. Agora, os atuais vice-campeões do NBB foram “aprontaram” de novo no Hugão e derrubaram a sequência positiva do líder do campeonato.

Depois de fechar 2017 em grande fase e média de 19,2 nos cinco jogos anteriores, Shamell manteve o rotineiro alto nível e foi o grande destaque do Mogi diante do Paulistano. Com 28 pontos e desempenho de 5/7 nas bolas de 3 pontos (71,4%), o maior cestinha da história do NBB ainda pegou seis rebotes, deu três assistências e deixou a quadra como atleta mais eficiente do confronto, com 29 de valorização.

Apesar da atuação abaixo do apresentado até agora no NBB, o Mogi saiu de quadra com a cabeça erguida e lutando até o fim. Mesmo com poucas chances de virada, a equipe do técnico Guerrinha buscou os 21 pontos de desvantagem no último quarto (80 a 59) e cortou para quatro a diferença ao final da partida (84 a 80).

Além de Shamell, o time do Alto Tietê contou com boas contribuições do “Alienígena” Larry Taylor, autor de 16 pontos, cinco rebotes e cinco assistências, do ala Jimmy, responsável por 14 pontos, seis rebotes e também cinco assistências, além de Caio Torres e Filipin, ambos com sete pontos.

O Paulistano usou a nítida aplicação defensiva e a velocidade no jogo de transição para dominar o primeiro tempo no Hugo Ramos. Com perfeição nas trocas e nas ajudas, a defesa alvirrubra fez total diferença e limitou o poderoso ataque mogiano a dez pontos no primeiro período (18 a 10).

No segundo quarto o time do técnico Gustavo De Conti seguiu dominante e liderando o placar com propriedade. Com alto revezamento entre os atletas, o atual campeão estadual seguiu explorando muito bem os atalhos na defesa mogiana e ampliou sua vantagem para 16 pontos (29 a 13). O Mogi até esboçou uma reação, mas os tiros de longa distância, principalmente com Guilherme Hubner, garantiram a boa margem do time visitante antes da ida ao intervalo: 46 a 34.

A equipe da casa começou o terceiro período melhor e cortou a diferença para seis pontos (50 a 44). Porém, a alegria mogiana não durou quase nada, pois o Paulistano acertou três bolas de 3 seguidas e jogou a vantagem para 15 pontos (59 a 44), o que jogou um balde de água fria no Ginásio Hugo Ramos. A partir daí, o domínio alvirrubro foi absoluto. Ainda fervendo nas bolas de 3 pontos, o atual campeão paulista abriu 19 pontos (73 a 54).

No último quarto, o time do técnico Gustavo De Conti foi dominante durante seis minutos, em que chegou a vencer por 21 pontos (80 a 59) e se consolidou com larga e confortável margem de 15 pontos (84 a 69). No entanto, o Mogi reuniu forças e mudou o rumo da partida. Encaixando uma ótima sequência de defesas, a equipe da casa aplicou uma corrida de 11 a 0 nos quatro minutos finais e cortou a diferença para quatro pontos (84 a 80), mas a marca dos 80 foi alcançada com o cronômetro praticamente zerado.

“Foi um jogo difícil. O Paulistano acertou muitas bolas de 3 e isso foi difícil para a nossa defesa. Deixamos eles livres algumas vezes e eles tiveram aproveitamento. Mas basquete é assim. Jogamos mal, mas fico feliz porque não desistirmos e lutamos até o final. Um time que quer ser campeão tem que fazer isso todo jogo”, frisou o mogiano Larry Taylor.

 “Sempre voltamos muito mal de pausas longas, como foi essa. No Paulista tivemos um período assim e fomos mal, nosso início de NBB não foi bom, e a pausa da Seleção também nos fez mal. Mas não deixamos de fazer o que acreditamos. Treinamos no dia 31 de manhã e dia 01 à tarde. É claro que os treinos foram mais soltos, sem tanta pressão. Hoje conseguimos manter o ritmo que estávamos nos jogos contra Liga Sorocabana, Botafogo e Vasco”, disse o técnico Gustavo De Conti, do Paulistano.

 “Essa vitória foi muito importante para nós porque ninguém ganhou aqui (no Hugo Ramos) e dificilmente vai ganhar. Jogar aqui é muito difícil, Mogi é uma equipe muito dura, favorita ao título, muito difícil de jogar, com jogadores experientes que sabem o que fazer e a hora de fazer. Exemplo disso é a nossa vantagem, que era de 21 e caiu para quatro. Ainda bem que acabou o tempo. Isso mostra que é muito duro ganhar aqui”, analisou Gustavo.

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