Depois do péssimo desempenho na Rio 2016 da Seleção Brasileira, que perdeu todos os jogos que disputou no torneio olímpico de basquete feminino, o país precisa se reestruturar na modalidade para voltar a colher frutos a longo prazo. A última boa participação da equipe nacional em um torneio de nível mundial foi em 2006, quando terminou em quarto lugar no Mundial de Basquete que aconteceu em São Paulo. De lá para cá, o Brasil coleciona fracassos entre as mulheres. Mesmo assim, no meio de tudo isso, de vez em quando surge uma boa notícia. A última tem a ver com uma das promessas do esporte: a armadora paranaense Maria Paula Albiero, que vai defender a tradicional BYU no fortíssimo basquete universitário dos Estados Unidos.
A jogadora de 18 anos tem o mesmo nome de Magic Paula, que ao lado de Hortência, liderou a melhor geração da história do basquete feminino do Brasil, campeão mundial em 1994, e vice olímpico em 1996. Mas o nome não é a única semelhança, ela também joga na mesma posição da antiga jogadora e começou desde cedo a defender a Seleção Brasileira. Maria Paula disputou o Mundial Sub-17 em 2014, foi campeã sul-americana sub-17 no Paraguai em 2015 e medalha de bronze na Copa América sub-18 no Chile.
Quando foi para os Estados Unidos pela primeira vez, Maria Paula tinha a intenção de ficar apenas por seis meses a fim de se aprimorar e desenvolver seu conhecimento, além de conhecer um pouco mais do estilo do basquete americano. Mas a jogadora encantou seus técnicos e acabou ficando. Há dois anos, ela defende a Carolina Waves, onde vem se destacando a nível escolar.
“Estou no terceiro ano de High School, então as universidades começam esse processo de recrutação. Fui convidada por algumas universidades no ano passado e este ano tive que tomar uma decisão, então escolhi a BYU por ser a melhor dentre as opções para conciliar estudo e basquete. Eles são excelentes na modalidade com muitos títulos e ótima academicamente. Com eles pretendo jogar o College por quatro anos”, destacou a jogadora, que sabe o desafio que terá pela frente.
“Vai ser difícil no começo, pois serão muitos desafios, principalmente, em relação às americanas. Mas acredito que tudo servirá para eu evoluir ainda mais como atleta e tenho certeza de que também vai ser uma grande experiência na parte pessoal. Pretendo aprender muito nessa que é uma das melhores universidades dos Estados Unidos. Estou bastante confiante”, concluiu Maria Paula.