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Basquete

São Paulo bate Biguá e levanta sua primeira taça internacional

Tricolor atropela o rival uruguaio na final da Champions League Americas e abocanha o segundo troféu após a reativação do time. Bruno Caboclo foi o nome da conquista tomando conta de quase todas as estatísticas do campeonato

São Paulo basquete campeão Basketball Champions League Americas
(Fiba)

O São Paulo conquistou na noite deste sábado (9) a primeira taça internacional de sua história no basquete. O Tricolor derrotou o Biguá, do Uruguai, por 98 a 84 na Arena Carioca 1, no Rio de Janeiro, e sagrou-se campeão da Basketball Champions League Americas. O título veio de forma invicta, com nove vitórias em nove jogos, e ainda confirmou vaga na Copa Intercontinental. Esta é a segunda vez que o Tricolor sobe no lugar mais alto do pódio depois de reativar a modalidade em 2019. A primeira foi o Campeonato Paulista desse ano.

Antes da final, Minas e Quimsa, da Argentina, fizeram a disputa pela terceira colocação e deu Brasil. Vitória por 91 a 81 com destaque para Gui Deodato, com 24 pontos, nove rebotes e três assistências, índice de 29 na eficiência. Esta foi a terceira edição da Champions League Americas de basquete. O Quimsa foi o primeiro campeão na temporada 2019/2020 e o Flamengo levou a segunda na 2020/2021.

Nove vitórias

A campanha do São Paulo (veja abaixo) começou com seis vitórias na fase de grupos, metade sobre o Nacional do Uruguai e metade sobre o Quimsa. As partidas foram divididas em três rodadas, a primeira em Santiago del Estero, na Argentina, a segunda em Montevidéu, capital uruguaia, e a última no ginásio do Morumbi, em São Paulo. A seguir, já no Final 8 disputado toda na Arena Carioca 1, o Tricolor derrotou o Real Estelí nas quartas de final por 75 a 71 e, na semifinal, despachou o Minas por 93 a 79. O time foi o único do campeonato continental de basquete com média acima de 90 pontos por jogo.

Camisa 50

O nome do título foi Bruno Caboclo. O camisa 50 do São Paulo dominou quase todas as estatísticas e, na final, foi o melhor em quadra anotando 29 pontos, o cestinha, pegando sete rebotes e dando três tocos. Marcou índice 31, quesito em que foi líder absoluto no torneio com média de 32,8 por partida. O segundo melhor teve 24,6. Elinho conseguiu um duplo-duplo na final, o quinto dele, com 16 pontos e 12 assistências, consagrando-se como o segundo maior garçom do torneio com média de 11,4 por jogo, colado em Santiago Vidal, do Biguá, com 11,6.

Bruno Caboclo São Paulo basquete campeão Basketball Champions League Americas
Bruno Caboclo sobrou no campeonato inteiro (Fiba)

Bruno Caboclo foi, ainda, o maior pontuador em números absolutos somando 215 e o segundo maior em média (23,9); o maior reboteiro (11,6 ao lado de Ismael Romero do Real Estelí), o maior em média de tocos com incríveis 3,6 por jogo, o que mais registrou duplos duplos, foram seis, e o melhor no aproveitamento de bolas de dois, 73,8%. Destaque, ainda, para Corderro Bennet, o melhor nas bolas de três em todo o campeonato com aproveitamento de 68,8%

Susto uruguaio

O Biguá entrou na final ignorando todos os números e, comandados por Santiago Vidal, começou a meter bola deixando o São Paulo desnorteado na defesa. Chegou a abrir sete pontos de frente no 15 a 8. Com o tempo, e a rotação, o Tricolor foi entrando na partida e começou a escalar o marcador. Com mais volume, era questão de tempo a virada, que veio no 25 a 24 em dois lances livres convertidos por Bennett. Mas o nome do time era Elinho, metendo tudo de fora e ainda servindo os companheiros com maestria. Já dominando o confronto de basquete, o São Paulo fechou o primeiro quarto vencendo por 30 a 26.

Marquinhos São Paulo basquete campeão Basketball Champions League Americas
O são-paulino Marquinhos também foi um dos grandes em quadra (Fiba)

Imposição Tricolor

O atual campeão paulista voltou com força para a segunda parcial e aplicou uma corrida de nove pontos, elevando a vantagem para treze no 39 a 26. O Biguá ainda tentou voltar nos cinco minutos finais, cortou para sete no 49 a 42, mas com Bennett metendo bola no ataque e fazendo um bom trabalho na defesa, o São Paulo reconstruiu a distância fazendo 27 a 21 no quarto. Assim, os times foram para os vestiários com o placar apontando 57 a 47 para os brasileiros. Bennett foi o cestinha do primeiro tempo com 15 pontos, seguido por 14 de Elinho e 13 de Donald Sims para o Biguá. Destaque também para as sete assistências de Elinho.

Passeio

A volta para o segundo tempo teve o São Paulo mais uma vez acelerando e abrindo. Desta vez com duas bolas de fora de Bruno Caboclo, o Tricolor levou o placar para 67 a 49. A essa altura, o camisa 50 já passava a ser o cestinha com 17 pontos e Elinho marcava um duplo-duplo com dez assistências. O massacre seguiu firme até a vantagem chegar a 22 no 74 a 52, com 17 a 5 na parcial. Ao final de mais dez minutos, vencidos por 27 a 13 pelo São Paulo, o marcador era de 84 a 60 e o título de campeão já começava a ficar claro.

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O abismo no placar fez o Tricolor relaxar no início do último quarto e o Biguá chegou a fazer 12 a 2, mas logo a equipe paulista voltou a jogar e espantou qualquer ameaça. Logo passou a ser uma questão de tempo para os comandados de Bruno Mortari, filho de Claudio Mortari, entrarem para a história do basquete tricolor ao levantarem a taça de campeão da Basketball Champions League Americas.

Campanha na Champions League Americas

Primeira janela
SPFC 98 x 73 Nacional (URU)
Quimsa (ARG) 74 x 83 SPFC

Segunda janela
Nacional (URU) 73 x 89 SPFC
SPFC 86 x 69 Quimsa (ARG)

Terceira janela
SPFC 95 x 73 Quimsa (ARG)
SPFC 101 x 81 Nacional (URU)

Quartas de final
SPFC 75 x 71 Real Estelí (NIC)

Semifinal
Minas 79 x 93 SPFC

Final
SPFC 98 x 84 Biguá (URU)

Elenco campeão

0 – Tyrone (Tyrone Denell Curnell) – Pivô
3 – Bennett (Corderro Le Quince Bennet) – Ala
4 – Alex (Alex Robinson Dória) – Ala/Pivô
5 – Elinho (Elio Corazza Neto) – Armador
7 – Isaac (Isaac Rafael Gonçalves) – Ala
8 – Shamell (Shamell Jermaine Stallworth) – Ala
10 – Coelho (Henrique Coelho) – Armador
11 – Marquinhos (Marcus Vinicius Vieira de Souza) – Ala/Pivô
14 – Vitinho (Vitor da Silva Brandão) – Ala
15 – Enrico (Enrico de Paula Oliveira) – Pivô
16 – Igor (Igor Andrade de Jesus) – Ala
17 – Kauan Raymundo (Kauan Nascimento Raymundo) – Pivô
18 – Lupa (Luiz Paulo Cecílio dos Santos) – Pivô
50 – Caboclo (Bruno Correa Fernandes Caboclo) – Ala/Pivô
92 – Nogueira (Lucas Riva Amarante “Bebê” Nogueira) – Pivô

Comissão Técnica
Técnico: Bruno Mortari
Assistente técnico: Enio Vecchi
Fisioterapeutas: Bruno Secco e Eduardo Cappucci
Preparador físico: Felipe Tinoco
Médico: José Fernando El Murr
Coordenador Administrativo de basquete: Lucas Belardo

Jornalista com mais de 20 anos de profissão, mais da metade deles na área de esportes. Está no OTD desde 2019 e, por ele, já cobriu 'in loco' os Jogos Olímpicos e Paralímpicos de Tóquio, os Olímpicos de Paris, além dos Jogos Pan-Americanos de Lima e de Santiago

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