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Basquete

‘Precisamos estar entre as 12 do mundo’, diz José Neto sobre o Pré-Mundial

Em reta final de preparação com a seleção feminina para o Pré-Mundial de basquete feminino, José Neto comenta o que espera do Brasil na competição

Pré-Mundial de basquete feminino José Neto
Alexandre Loureiro/COB

O primeiro desafio da seleção brasileira feminina de basquete no ciclo de Paris 2024 chegou. A partir da próxima quinta-feira (10), o Brasil começa a disputa do Pré-Mundial de basquete, em Belgrado. A chave brasileira conta com Austrália, Sérvia e Coreia e dá duas vagas no Mundial de 2022, que acontece na Austrália. Em conversa com o OTD, José Neto comentou sobre o que espera da equipe e o que tem como objetivo para o futuro. 

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A desigualdade existe no basquete. No masculino 32 seleções se classificam para a disputa do Mundial e no feminino 12 lutam para estar na competição. Entre os homens a classificatória é feita através de janelas continentais e entre as mulheres é por meio do Pré-Mundial, disputado por 16 seleções. Apesar disso, José Neto sabe o que quer do Brasil. 

“Estar entre os 16 do mundo hoje seria estar no Mundial antigamente. O sistema de classificação mudou (era continental e passou a ser mundial) e a quantidade de vagas diminuiu. Estamos entre seleções extremamente qualificadas, mas precisamos estar entre as 12 melhores do mundo. Sabemos da dificuldade, da qualidade das outras seleções, mas o Brasil precisa voltar ao Mundial”, comentou o técnico do Brasil. 

O caminho para a Austrália passa por Belgrado 

Para chegar na Austrália é preciso passar por Belgrado. Para disputar o Mundial é preciso conquistar a vaga no Pré-Mundial, que no caso do Brasil, será disputado na Sérvia. Em uma chave com quatro seleções, as brasileiras terão pela frente as donas da casa, a Austrália e a Coreia. 

Por conta da seleção australiana já estar garantida no Mundial, por ser a dona da casa, as duas melhores equipes do grupo entre as três restantes se classificam. O que no papel pode parecer tranquilo não é tanto quando olhamos para a quadra. Além de toda tensão que envolve uma competição deste porte, a seleção brasileira não contará com Damiris e Clarissa, dos dois maiores nomes do basquete nacional nos últimos anos, por conta de lesões. 

Chaves Americup de basquete feminino
(divulgação/CBB)

“A Sérvia é a atual campeã Europeia e mostrou em Tóquio que é uma grande força. A gente esteve em um treinamento na Sérvia para o Pré-Olímpico Mundial e sabemos que elas são uma grande força, assim como é a Austrália. A Coreia é uma surpresa, pelo fato do Brasil não ter jogado contra uma seleção asiática a muitos anos. Apesar disso, a partida contra as coreanas precisa ser vencida e estamos trabalhando para isso. Temos informações, vídeos e temos a Damiris, que mesmo fora por conta da lesão, jogou lá e está nos passando bastante coisa sobre as meninas”. 

Reescrever o feito no mesmo lugar

12 de junho de 1994 é a data que entrou para a história do basquete feminino do Brasil. O time comandado em quadra por Hortência, Paula e Janeth conquistou o Mundial ao vencer a China, por 96 a 87, e o campeonato foi realizado na Austrália. 

Em 2022 o Mundial de basquete feminino volta a ser disputado no país da Oceania depois de 28 anos e o Brasil quer estar lá. Para José Neto lembrar e valorizar a história é muito bom, mas fazer parte de um momento histórico é melhor ainda. 

Brasil x Estados Unidos - Americup feminina de basquete
FIBA Americas

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“Estando entre as 12 melhores do mundo, classificando para o Mundial da Austrália, eu vejo esse grupo conseguindo brigar por uma medalha. Com a preparação certa, com o desenvolvimento e suporte necessário para a competição, acredito que podemos chegar no pódio na Austrália. Temos que lutar pela vaga com o que temos hoje e vamos fazer isso, mas estando entre as 12 é possível”. 

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