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Basquete

Intervenção na CBB: COB, Fiba e ministério do esporte assumem basquete do Brasil

Uma força-tarefa formada pela Federação Internacional de Basquete (Fiba), pelo Comitê Olímpico Brasileiro (COB) e pelo governo federal, via Ministério do Esporte, vai comandar a partir dos próximos dias a intervenção na CBB. A informação foi divulgada nesta quarta-feira pelo blog Bala na Cesta, do Uol.

Suspensa pela Fiba por má gestão até 28 de janeiro de 2017, a CBB não teve outra opção a não ser aceitar a intervenção sob o risco de ver a modalidade suspensa por tempo indeterminado ou até desfiliada pela Federação Internacional, o que causaria danos a clubes e seleções, que não poderiam participar de competições internacionais.

A intervenção tem prazo de quatro anos para colocar de volta aos trilhos a CBB, cuja dívida chega a R$ 17 milhões. A eleição da entidade, que estava marcada para acontecer em abril de 2017 será cancelada. A dúvida neste momento é sobre qual processo será adotado contra o atual presidente, Carlos Nunes, que só tem duas alternativas: ou renuncia ao cargo ou sofrerá impedimento formal por parte do COB.

Segundo o UOL, a intervenção na CBB colocará em prática alguns dos principais desejos da Federação Internacional: a mudança no estatuto, fazendo com que mais eleitores sejam parte integrante do processo de votação (atualmente apenas os Presidentes de Federação elegem o mandatário da Confederação) e um planejamento de longo prazo para o esporte nacional.

A força-tarefa será comandada por quatro integrantes, dos quais dois já foram escolhidos: Paulinho Villas-Boas, ex-jogador da seleção masculina de basquete e que trabalhou recentemente no Comitê Olímpico Brasileiro e no Rio-2016, e José Luiz Saez, ex-presidente da Federação Espanhola e o interventor designado pela FIBA para apurar a situação da CBB recentemente. Saez já viria ao Brasil na próxima semana. O grupo já possui inclusive um plano estratégico em suas mãos chamado de ”Brasil 2020″.

No final das contas, a informação é esta: Carlos Nunes não chegará ao final de seu mandato, previsto inicialmente para cessar em março de 2017. Ele deixará para a força-tarefa liderada pelo COB uma entidade com R$ 17 milhões de dívida, sem nenhuma credibilidade junto ao órgão máximo da modalidade (FIBA), com os dois clubes do país ausentes da Liga das Américas devido a suspensão (Flamengo e Bauru) e com as suas duas seleções mais novas (as Sub-15) fora de campeonatos internacionais no mínimo até 2018 (Copa América em 2017 e Mundial no ano seguinte).

Fundador e diretor de conteúdo do Olimpíada Todo Dia

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