O Campeonato Brasileiro de Basquete feminino surge como uma nova oportunidade para jovens atletas seguirem suas carreiras e brigarem por seus objetivos. A bola sobe neste sábado, dia 18 de setembro, no Ginásio Marcelino Lopes, em Recife, para a Conferência Heleninha, com quatro jogos por dia. O torneio não concorre, no entanto, com a Liga de Basquete Feminino (LBF).
O Brasileiro servirá como uma espécie de torneio de iniciação para projetos que pretendem se estruturar e, quem sabe um dia, jogarem a Liga de Basquete Feminino. Portanto, não é uma competição de acesso automático à LBF, com vaga garantida para a equipe campeã.
De qualquer forma, o Campeonato Brasileiro pode servir como uma primeira experiência para diversas agremiações que queiram atingir a elite do basquete feminino no Brasil um dia.
Por estatuto, a Liga de Basquete Feminino pode ser disputada por qualquer equipe interessada, desde que ela preencha requisitos estabelecidos, explica o presidente da LBF, Ricardo Molina.
“Se tivermos uma equipe que for campeã do Campeonato Brasileiro, ela se credencia em termos de equipe, mostra competitividade. Temos os requisitos básicos, conselho de administração, que vota por essa participação. Qualquer time pode jogar a LBF, atendendo os requisitos da Liga. E uma equipe, campeã, está bem credenciada,” diz Ricardo Molina, presidente da LBF.
Base forte
Para buscar o desenvolvimento do basquete feminino, em sua primeira temporada, o Brasileirão, divisão abaixo da LBF, terá obrigatoriamente uma base sub-23 em todos os times que disputam a competição. Por regulamento, cada equipe pode ter apenas três jogadoras acima desta idade. Magic Paula explica que o importante é colocar mais meninas para disputarem partidas no decorrer do ano, dando oportunidades.
“Essas meninas precisam manter seus sonhos vivos. O Campeonato Brasileiro chega com a felicidade de dar essa oportunidade para essas atletas e essas equipes. E ficamos felizes pelo número de times interessados já nesta primeira edição. E claro, se a equipe tiver saúde financeira para no futuro jogar a LBF, será ótimo,” citou Magic Paula.
Início no sábado
O Ginásio Marcelino Lopes, do Sport Recife, será a sede da Conferência Heleninha, na abertura do Campeonato Brasileiro de Basquete Feminino. Entre este sábado, dia 18, e 25 de setembro, oito equipes duelam no começo da disputa pelo título da competição que estreia nesta temporada e surge como uma oportunidade para jovens jogadoras de basquete do país.
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Além do Sport Recife/RD Sports, anfitrião, a conferência conta com Nosso Clube/Instituto Vitaliza-PE, Aeroclube-RN, Clube Campestre-PB, Bradesco Esportes-SP, Sociedade Thalia-PR, JEC/SGJ/SESPORTE-SC, e AGEFB-Basket São José-ELASE-SC. Serão quatro duelos por dia, com sinal das partidas na CBB TV e transmissão ao vivo com narração e comentários nos canais parceiros Esporte Clube Basquete, De Bandeja com Renatinho e NBA das Mina.
Formato
Pela fórmula de disputa, as equipes se enfrentam em turno único dentro das próprias conferências. Os dois primeiros colocados de cada conferência avançam direto para as quartas de final. As demais seis equipes de cada uma serão divididas em três grupos, com quatro equipes.
A campeã de cada um desses grupos, mais a melhor segunda colocada, completam as quartas de final, quando entramos no mata-mata em jogo único. Esses grupos eliminatórios serão jogados entre os dias 13 a 16 de novembro. As quartas acontecem no dia 18 de novembro. E o Final Four será nos dias 19 e 20 de novembro.
LBF divulga datas
A Liga de Basquete Feminino apresentou na última sexta-feira (10) a primeira reunião com detalhes da disputa aos clubes interessados na próxima edição, que começará em 8 de março.
Clubes de todo o Brasil participaram do encontro realizado através de videoconferência. Estiveram presentes as oito equipes que disputaram a edição 2021, bem como projetos que já disputaram a liga, como Sport Recife-PE e Pró-Esporte/Sorocaba-SP.
A edição deste ano – a décima realizada desde a fundação da liga, em 2010 – foi considerada por muitos a mais equilibrada da história. Com oito equipes de quatro estados do país e após 72 jogos entre fase de classificação e playoffs, o título ficou nas mãos do Ituano Basquete, líder da primeira fase e que teve campanha invicta no mata-mata, eliminando AEC/Tietê Agroindustrial/ BAX Catanduva, Vera Cruz Campinas e KTO/Blumenau para conquistar o país pela primeira vez, tendo a armadora Alana como a MVP das Finais.