Nesta terça-feira (24), em São Paulo, foi apresentado o novo técnico da seleção brasileira de basquete masculino. O croata Aleksandar Petrovic, de 58 anos, irá comandar a seleção no próximo ciclo olímpico. Já na chegada, prometeu mudanças em relação aos treinadores anteriores. Entre elas, convocar para o Mundial da modalidade, em 2019, apenas aqueles jogadores que estiverem dispostos a disputar as eliminatórias – o que não acontecia com alguns da NBA.
“Caso alguém não queira jogar a classificatória, não vai para o Mundial de 2019”
“Decidimos junto com o presidente (da CBB, Guy Peixoto). Na terceira e na quarta janelas (da classificatória), todos os jogadores vão poder jogar, os da Euroliga, os da NBA. Caso alguém não queira jogar essas partidas de verão (inverno no Brasil), esse jogador não vai entrar nos planos para a Copa do Mundo de 2019. Isso não é correto. Quem quiser jogar a classificatória vai estar na China”, afirmou Petrovic, novo técnico da seleção brasileira de basquete, arranhando um portunhol em sua fala.
A terceira e a quarta janela mencionadas são os dois últimos jogos da primeira fase das eliminatórias e os dois primeiros da segunda fase, que acontecerão nas férias da NBA. O Brasil estreia na competição no dia 24 de novembro contra o Chile. A primeira partida em casa será contra a Venezuela, na Arena Carioca 1, no Parque Olímpico do Rio de Janeiro.
“Tenho muito claro que tenho muito pouco tempo de treinamento. Os jogadores da Europa vão diretamente ao Chile. Em duas semanas vamos revelar a lista dos 14 jogadores para as duas primeiras partidas. Antes de tudo vou conversar com os jogadores. Tenho 20 e poucos dias para contatar todos os jogadores”.
Apesar do sigilo sobre a lista, dois nomes foram confirmados pelo técnico. O armador Marcelinho Huertas, que atualmente joga na Euroliga, pelo Baskovia, da Espanha. E o pivô Rafael Mineiro, do Franca. Outros nomes cotados são Augusto Lima, Ricardo Fischer, Vitor Faverani e Rafael Luz, caso se recupere de lesão a tempo.
Petrovic será o terceiro estrangeiro a comandar a seleção brasileira. O último foi o argentino Rubén Magnano entre 2010 e 2016. Antes dele, o espanhol Moncho Monsalve ficou entre 2008 e 2009. O croata foi jogador profissional e se aposentou em 1991 para virar técnico. Em 95, treinou a Croácia pela primeira de três passagens. Também já comandou a seleção bósnia e os clubes Sevilla, Cibona, Wloclawek, Lleida, Scafati, Zadar, Cedevita e outros de menor expressão.
“Conheço muito bem os brasileiros. Chego muito preparado, porque há um ano e dois meses jogamos no mesmo grupo na Olimpíada. Também vi todas as partidas da AmeriCup. Estou seguindo os jogadores que atuam na Europa. Há cinco jogadores que jogam na Europa e podem entrar no nosso grupo. Chego preparado. Vou para Franca ver as partidas da final de partida”.
Metas
Na Rio-2016, ele foi com a Croácia e venceu o Brasil por 80 a 76. Seu time perdeu para a Sérvia nas quartas de final, mas fez uma boa campanha na fase de grupos. Agora, no lado oposto, ele afirmou quais são suas metas:
“Temos três metas. A primeira começa em novembro, que é se classificar sem grandes problemas para a Copa do Mundo. O número 2 é disputar bem o Mundial, porque se pode carimbar o bilhete para Tóquio 2020. Em 2021, o Brasil vai precisa ter uma nova equipe. Agora nossos melhores jogadores têm idades um pouco avançadas. Temos que preparar uma geração jovem para levar a camisa do Brasil no AmeriCup 2021.”
Nas primeiras convocações, Yago deve ter uma chance pela mencionada “cota de promessas”. O treinador contará com o assistente técnico brasileiro César Guidetti ao seu lado, além de Bruno Savignani e Felipe Santana na comissão técnica.
