Leandrinh em ação, contra os EUA |
Ninguém entra em uma competição esportiva para perder. Isso, além de óbvio, faz parte da essência do esporte. Por isso, também parece óbvio que ninguém deve comemorar uma derrota. Mas existem as manjadas exceções à regra. E este foi o caso da derrota do Brasil para os Estados Unidos nesta última segunda-feira, por 70 a 68.
Foi um jogo que lavou a alma dos “basqueteiros” do país, uma categoria que infelizmente vem se reduzindo ano a ano, graças em boa parte aos fiascos seguidos que a modalidade vem colecionando, em especial a seleção brasileira masculina, presente em uma edição de Jogos Olímpicos pela última vez em Atlanta-1996.
A partida desta segunda-feira mostrou uma nova face da seleção brasileira. Valente, guerreira e que literalmente deixou os americanos de joelhos. Ou alguém que viu a partida irá se esquecer da imagem de um jogador dos Estados Unidos de joelhos, no banco de reservas, torcendo para que a bola de Marcelinho Huertas não entrasse nos segundos finais, obrigando a realização de uma prorrogação.
E olhe que saiu de graça para os americanos. Sem fanatismo, o Brasil teve pelo menos quatro belas chances de passar à frente no placar nos minutos finais. Se iria ganhar o jogo é outra história! Mas a seleção acabou se perdendo por seus próprios erros – no caso, a insistência surreal em chutar bolas de três pontos – e desperdiçou uma chance de conseguir um resultado histórico.
O resumo deste desabafo de um “basqueteiro” já calejado de tantas pancadas é que nesta segunda-feira, deu orgulho em acompanhar o basquete masculino do Brasil. Para quem acompanhou de perto os maiores vexames brasileiros nos últimos anos, como o 11º lugar no Mundial do Canadá em 94 e o 17º no Japão, em 2006, além das eliminações nos Pré-Olímpicos de 2003 e 2007, foi um banho de esperança o que se mostrou em Istambul.
Crédito da Foto: Divulgação/CBB