A pivô Érika, de 38 anos, revelou que pretende jogar pela seleção brasileira pelo menos até o Campeonato Mundial de 2022, marcado para a Austrália entre setembro e outubro. O evento acontecerá no país em que o basquete feminino brasileiro alcançou a maior conquista, o título do torneio em 1994.
A pausa devido à pandemia de coronavírus ajudou para que a atleta pudesse sentar e decidir com calma a continuidade atuando pelo Brasil.
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“Com a pandemia, eu acabei tendo bastante tempo para estar com meu marido, minha família e para poder pensar no que eu realmente quero. Pude estar também com meu assessor e representante para pensar. A vinda do (José) Neto e da comissão técnica também foi muito importante neste processo de parar ou não parar. Resolvi jogar mais um tempo pela seleção”, afirmou Érika com exclusividade ao Olimpíada Todo Dia.
“Estou trabalhando muito com o Diego (Falcão), preparador físico da seleção, e com meu marido também, já que ele é personal e tem uma academia aqui no Rio de Janeiro. Estou trabalhando a 200% para que, quando tudo isso acabar, eu possa voltar bem e melhor do que estava. Quero poder ajudar a seleção brasileira no próximo Mundial”, acrescentou a jogadora, que acha difícil esticar até Paris, mas não descarta.
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“Eu não sei (Paris-2024). Acho que Paris já é um pouco mais complicado porque tenho o sonho de ser mãe. Não sei ainda, mas se meu joelho aguentar até lá e se estiver com uma boa forma física acho que consigo dar mais uma esticadinha. Hoje em dia a ciência está bastante avançada e acredito que ela possa me dar uma ajudinha para que eu realize meu sonho de ser mãe”, destacou Érika.
Futuro por clubes e prêmio em 2019
Na temporada 2019/20, Érika jogou pelo IDK Gipuzkoa, clube de San Sebastian, na Espanha. Antes disso, foi bicampeã da Liga Feminina Espanhola atuando pelo Perfumerias Avenida, em 2016/17 e 2017/18. A pivô tem diversas conquistas na carreira e uma delas foi o título da WNBA, em 2002, pelo Los Angeles Sparks. A atleta ainda não decidiu seu futuro, mas admitiu vontade de seguir no basquete espanhol.
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“Estou trabalhando bastante para que consiga ter destaque no meu próximo clube. Foi só um ano de contrato com o IDK Gipuzkoa. A temporada acabou e não quis renovar. Já estou com outras propostas e estou vendo qual melhor lugar para eu ir. Eu, particularmente, quero voltar para a Espanha. Sou apaixonada pela Espanha, pois foi onde mais me destaquei e evoluí. Pretendo voltar ao basquete espanhol”.
Apesar da idade, Érika se destacou e foi campeã dos Jogos Pan-Americanos de Lima-2019 pela seleção brasileira. Por essa conquista e também suas atuações individuais, a atleta ganhou o Prêmio Brasil Olímpico do ano passado, honraria concedida pelo COB (Comitê Olímpico do Brasil). Foi eleita na categoria basquete 5×5, competindo contra homens e mulheres.
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“O prêmio foi um reconhecimento por todos esses anos que venho jogando pelo Brasil e levando o nome do basquete brasileiro para esse mundo todo. Eu não esperava e nem imaginava que um dia pudesse ganhar esse troféu tão importante. Fiquei muito feliz porque competi com atletas de alto nível e até hoje não acredito que ganhei”, concluiu Érika.