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Basquete

Mutirão em prol da LBF prova que existe amor na internet

Para mostrar a discrepância existente entre o número de seguidores entre o basquete feminino e masculino, oito mulheres organizaram um mutirão virtual que fez o número de fãs no twitter dobrasse em poucas horas

Mutirão online faz número de seguidores da LBF dobrar em poucas horas (Twitter/LBF)

A noite dessa sexta-feira (3) mostrou que não só de ódio vive a internet. Uma ação puxada por um grupo de mulheres no twitter fez com que o perfil oficial da LBF (Liga de Basquete Feminino) dobrasse o seu número de seguidores e passasse dos 10 mil fãs em poucas horas. Diversos atletas, confederações, jornalistas e amantes da bola laranja ajudaram que a conta fosse de 5 para 12 mil seguidores, até a publicação deste texto.

Segundo Victoria Galle, estudante de 19 anos e uma das idealizadoras da ideia, o movimento surgiu pela discrepância entre o esporte feminino e o esporte masculino. O ponto de partida foi a observação do número de seguidores da LBF e do NBB (Novo Basquete Brasil). No início da tarde de ontem, a LBF contava com pouco mais de 5 mil fãs, número 28 vezes menor que os 138 mil do perfil do NBB.

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“Em nosso grupo de amigas, sempre comentávamos sobre a discrepância que existe entre o esporte feminino e masculino, não só no basquete mas em todos os esportes; nós sempre abordávamos essas questões e tínhamos o desejo de fazer algo para incentivar essa mudança. Acredito que esse desejo por equidade foi nossa maior motivação para a ideia. Estou muito feliz com tamanha repercussão,” comentou a estudante.

LBF dá créditos para as oito incentivadoras da ação

Bola de Neve

Victoria conta que a primeira jogadora a abraçar a campanha foi a pivô Érika. Na sequência, o perfil do NBB aderiu. Outras atletas, como Isabela Ramona e Lays, também deram apoio. Mesmo sem ter uma equipe de basquete feminino, o Bahia, também ajudou.

Liga suspensa

Infelizmente, a ação virtual não poderá ser comemorada com um belo jogo de basquete feminino tão cedo. A décima temporada da LBF, que se iniciou no Dia Internacional da Mulher, foi cancelada por conta da pandemia do coronavírus.

A diretoria da LBF e os dirigentes das oito equipes (Blumenau, Ituano Basquete, LSB-RJ, Sorocaba, Sampaio Basquete, Santo André, SESI Araraquara e Campinas) entenderam que ainda não há um nível de segurança ideal para que os jogos sejam realizados, mesmo que de portões fechados e com a adoção de protocolos de saúde.

“Claro que não jogar um campeonato tão importante quanto a LBF não é algo que alguma atleta quer ou espera, mas com tudo que está acontecendo e esse cenário que estamos vivendo, cancelar com certeza foi a decisão mais sensata, assim como a suspensão temporária do campeonato há 3 meses atrás”, disse Mariana Camargo, Ala/armadora do Blumenau e Presidente da Comissão de Atletas da LBF.

Um mutirão virutal organizado no twitter para mostrar a discrepância de seguidores entre a LBF e o NBB fez o número de fãs da Liga dobrar em poucas horas
Mariana Camargo, Presidente da Comissão de Atletas da LB (divulgação/BF

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