Leandrinho tem um currículo de conquistas no basquete. Além de representar o Brasil há duas décadas, o atleta tem um título da NBA e atuou nos Estados Unidos por 15 anos. Fora de quadra, ele decidiu usar a bicicleta, seu amor antigo, para ajudar as pessoas afetadas pelo coronavírus. O jogador fez uma live nesta quarta-feira (1) e pediu dicas ao Henrique Avancini, campeão mundial de mountain bike em 2018.
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Quando jogou na NBA, o atleta recebeu o apelido de “papa léguas” por sua velocidade. Agora, ao invés de correr, Leandrinho se desafiou a percorrer 274 km de bicicleta em três dias. A jornada começa no dia 3 de julho, partindo de Jundiaí, e o plano é pedalar 109 km até Joanópolis. A missão do segundo dia é cumprir um trajeto de 100 km até Monteiro Lobato. Por fim, no terceiro dia, pedalar por mais 65 km e chegar à Aparecida do Norte.
“Sairei de Jundiaí no dia 3 de julho com destino ao Santuário de Nossa Senhora de Aparecida, pedalando através de uma rota de mountain bike. Quem me acompanha sabe dessa minha paixão pela bicicleta e com ela vou conciliar alguns outros desejos que tinha há muito tempo”, disse Leandrinho em seu Instagram.
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“Estou triste com a situação que estamos passando. É chato, mas vamos pensar positivo de que vai acabar logo e tudo vai voltar ao normal. Eu peguei a Covid-19 e foi duro. Minha esposa também pegou e havia o risco da minha filha também ser infectada. Por isso quero ir até Aparecida para agradecer. Eu venho da periferia e vejo que o pessoal está precisando. Estou ansioso para concretizar esse objetivo”, disse o atleta.
Papo com Avancini
Leandrinho está se preparando há um mês para percorrer os 274 km até Aparecida com o intuito de arrecadar 20 toneladas de alimentos. Faltando dois dias para começar o desafio, o ala-armador se aconselhou com o ciclista Henrique Avancini, campeão mundial de MTB na categoria maratona. Em papo descontraído, os atletas se elogiaram, conversaram sobre o tema e trocaram experiências.
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“Agora que estou no meio da bicicleta quero pedir alguns conselhos para você. O meu primeiro desafio era calejar o bumbum e, para isso, só pedalando diariamente. Fizemos um cronograma de treinos para que pudéssemos fazer acontecer. O pessoal do meu condomínio pedala por lazer, mas, depois que lancei esse objetivo, passamos a pedalar mais e distâncias maiores”, destacou Leandrinho.
Dicas sobre o desafio com Avancini
“O segundo desafio era mental. Posso estar com corpo cansado, mas, se a cabeça estiver firme, vou conseguir. Estou me sentindo bem e preparado. Acredito até que teria condição de ir mais longe. Estou seguro, confortável e confiante. A bike me deu essa ideia e com você me incentivando fico mais motivado. Mas, são quase 300 km, e você tem a tática, a experiência e a malandragem. Passa isso para mim”, pediu o ala-armador.
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“Acredito na bike como instrumento muito além do esporte. É maneiro ver que você está transformando uma experiência sua em um projeto legal. A bicicleta é um pouco traiçoeira e temos um ditado: a vida muda a partir do terceiro dia. No primeiro, quem tem algum preparo vai lá e encara. Sofre, mas chega. No segundo, já tem fadiga acumulada. Mas, é no terceiro dia de esforço contínuo que seu corpo paga a conta com juros dos outros dias e começa a pesar”, aconselhou Avancini.
Conceito do projeto
Leandrinho, que se recuperou do coronavírus, teve a ideia desse desafio para contribuir com a sociedade. A ação nasceu da vontade de ajudar as pessoas em uma época sensível para a sociedade. Com a retração da economia e os efeitos do coronavírus, o jogador mobilizou seu fãs e amigos para contribuírem e a meta é alcançar R$ 100 mil e convertê-los em alimento por meio de cestas básicas distribuídas para as comunidades.
Além do título da NBA na temporada 2015/16 pelo Golden State Warriors, Leandrinho também foi eleito o melhor sexto homem em 2006/07, quando defendia o Phoenix Suns. O atleta regressou ao Brasil em 2017 e, desde então, fez uma temporada em Franca e agora está no Life Fitness Minas. Foi após o término dos jogos pelo clube mineiro que o ala-armador foi infectado pelo coronavírus e sofreu bastante com a doença.
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“Foi a pior noite da minha vida, senti que ia morrer. Estava com muita febre, minha cabeça doía demais e o nariz parecia estar fechado. E dessa experiência veio a ideia de chamar atenção para causas importantes além de poder ajudar as pessoas. A escolha do Santuário de Aparecida como destino para esse desafio é o ponto que fecha o título do pedal: Ajudar, Educar e Agradecer”, concluiu Leandrinho.