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Basquete

Medalhista olímpica, Marta Sobral comenta sobre a carreira em live

Nome frequente na seleção brasileira de basquete na década de 90, ex-pivô comentou em Live sobre suas conquistas, carreira e futuro

Marta Sobral
Marta Sobral ao conquistar a medalha de bronze nas Olimpíadas de 2000 (Divulgação)

Medalhista olímpica em duas oportunidades, Marta Sobral participou de uma live no instagram da Confederação Brasileira de basquete (CBB), nesta terça-feira (12). Na conversa, a ex-pivô do Brasil comentou sobre a carreira, conquista e o que pensa para o futuro.

Marta Sobral fez parte da melhor geração do basquete feminino brasileiro. A pivô esteve presente nas conquistas da medalha de ouro dos Jogos Pan-Americanos de Havana em 91, e nas Olimpíadas de Atlanta-1996 e Sydney-2000, quando o Brasil foi prata e bronze, respectivamente

Apesar disso, na maior conquista do Campeonato Mundial de basquete em 1994, Marta Sobral não estava presente. “Quando atuava pelo Fluminense eu tive um mioma. Queriam que eu operasse durante a final do brasileiro, eu pedi que não e passei pela cirurgia só depois da decisão. Tive uma operação de emergência e acabei fora do Mundial. Mas as meninas fizeram questão de me ligar e deixar claro que fazia parte da equipe e da conquista”.

A mudança de patamar

Presente em três dos quatro grandes feitos do basquete brasileiro na década de 90, Marta Sobral consegue distinguir a importância de cada e elege qual deles, para ela, é o mais impactante.

“Foi o do Jogos Pan-Americanos de Havana. Ali que deu um up no basquete brasileiro. A gente não tinha participado de uma Olimpíada ainda e foi ali que mudou tudo e nos fez ver que dava para conseguir mais”.

Seleção brasileira no pódio nos Jogos Pan-Americanos de Havana (Divulgação)

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Depois do ouro em Cuba, o Brasil disputou os jogos Olímpicos de Barcelona, terminando no quinto lugar, conquistou o mundial em 94, a prata na Olimpíada de 96 e o bronze 2000.

Presente nas duas últimas conquistas, Marta Sobral lembra com certa emoção de suas idas ao pódio em Jogos Olímpicos. “É tão difícil trazer uma medalha para o Brasil, fazer esporte aqui e o pessoal as vezes não reconhece. Falam que é “só” um bronze. É uma medalha olímpica. Conquistar uma medalha olímpica, independente do lugar, é indescritível”

Tudo é treino

Basquete feminino nos anos 90 com pivô de 1,90 m chutando de três. Marta Sobral era assim. Apesar de sua altura, a pivô também tinha um bom arremesso de longe. Apesar de Luciano do Valle apelidar alguns desses arremessos de longe de “pombos sem asa”, segundo Marta, tudo foi treino.

“Eu treinava muito. Quando fui jogar em Santo André, chegava mais cedo no treino, fazia todo o trabalho de pivô, trabalhava com a equipe e depois fazia questão de treinar os arremessos de três pontos. Não eram “pombos sem asa” era treino”.

Contudo, os arremessos de três pontos foram um diferencial na carreira da ex-atleta. Segundo Marta Sobral, pela altura e porte físico que tinha, as marcadoras davam espaço no perímetro e ela aproveitava.

“As marcadoras fechavam o garrafão, eu ia buscar a bola na linha de três pontos e sempre sobra uns arremessos. Foi um diferencial para mim, principalmente quando fui para os Estados unidos”.

Marta Sobral não só foi para os Estados Unidos. A pivô do Brasil abriu as portas para as jogadoras do país na terra do Tio Sam. Em 1996, logo após os Jogos Olímpicos de Atlanta, Marta foi contratada pelo Philadelphia Rage, da extinta ABL (American Basketball League).

A equipe terminou com o vice-campeonato da temporada e Marta Sobral não esconde como foi toda a experiência. “Fui para lá sem saber falar nada de inglês e voltei com o pessoal pedindo para que eu ficasse quieta. Aprendi muito e a qualidade que eu tinha jogando fora (do garrafão) foi um diferencial”.

O futuro começa de baixo

Falando do passado Marta Sobral comenta sobre o futuro do basquete brasileiro. Depois de ter jogado a maior parte de sua carreira ao lado de Paula, Hortência e Janeth, a pivô fala sobre o que acha que falta para que a modalidade volte a aos caminhos de conquistas.

“Falta um trabalho de base. Não vai surgir de uma hora para outra uma Paula, uma Hortência, uma Paula. Tem que ter trabalho. Comecei jogando em quadra dura e com a bola que tinha, mas comecei e tive uma base. Precisa disso”.

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