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Basquete

Gustavinho se conforma com fim do NBB, mas quer a Champions

Mesmo frustrado, técnico do Flamengo, concorda com o fim do NBB, mas espera que a Champions das Américas retorne

Gustavo de Conti, técnico do Flamengo Basket - (Facebook/gustavo.deconti)

Sempre muito ponderado e direto, Gustavo de Conti, o Gustavinho, técnico do Flamengo, foi categórico em live promovida pela Confederação Brasileira de Basketball (CBB): “rola uma frustração com o fim do NBB, mas a saúde em primeiro lugar. Mas tenho esperanças que a gente ainda possa jogar a Champions.”

Por decisão unânime, a temporada 2019-2020 do NBB (Novo Basquete Brasil) foi cancelada porque os clubes entenderam que a situação do controle da pandemia no Brasil impede a retomada do da principal liga de basquete do país.

“Confesso, lá no fundo, estou frustrado, mas a gente entende.” Gustavinho e o Flamengo estavam na liderança do NBB quando a pandemia forçou a paralisação da competição.

Das 24 partidas realizadas na competição, o Flamengo tinha vencido 21 e perdido apenas três.

Champions

Com oito vitórias em oito partidas, o Flamengo já estava garantido na final da Champions League das Américas de basquete. Contudo, a pandemia não permitiu que a outra semifinal fosse terminada. San Lorenzo e Quimsa, ambos da Argentina, estão empatados na série melhor de três, mas a competição está suspensa.

Líder do NBB, Flamengo de Gustavinho consegue reação incrível no último quarto e chega à final da Champions Americas (Foto: Marcelo Cortes/CRF)
Flamengo se garante na final da Champions das Américas (Foto: Marcelo Cortes/CRF)

“A FIBA (Federação Internacional de Basquete) já até marcou alguns jogos internacionais para outubro e acho que pode acontecer o mesmo para a Champions, competição que iríamos disputar o título.”

Como a competição continental está bem perto da definição, Gustavinho marca sua posição. “Eu sou favorável para que termine. De repente fazer a final em um jogo só.”

Próxima temporada

“Eu sou sempre bem otimista”, resume Gutasvinho. Contudo, o técnico está no fim do contrato de dois anos com o Flamengo e não sabe ao certo o que virá pela frente no cenário nacional.

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Mas está bem animado com as possibilidades de seguir. “Desde o começo da pandemia, eu vejo os clubes se movimentando para a próxima temporada. Claro, vamos ter que adaptar algumas coisas e ajustar outras. Mas esse tem que ser o planejamento para o basquete brasileiro. Pensar no futuro agora.”

Quarentena

Sem saber ao certo como e quando o basquete brasileiro irá retornar, o técnico não esconde a saudade de sua rotina. “Só de lembrar quando eu entrava de carro para trabalhar no Flamengo, nossa. Eu sinto falta de ir pro clube todos os dias. A gente saudade de tudo, da convivência com os jogadores, com a imprensa, com o pessoal da comissão técnica.”

Com mais tempo à disposição, Gustavinho está aproveitando para fazer muitas e acompanhar muitas lives. “Estou achando bem legal participar disso tudo. É muito importante para os jogadores mais novos saberem das coisas e aprenderem neste período.”

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Feliz em participar !! @nalinhados3 🏀 #youtube #zoom

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Fora que o técnico está mais presente como pai. “É um período para buscar mais conhecimentos. Tenho duas filhas que acabaram de ser alfabetizadas. Como pai acho importante fazer parte desse processo delas.”

De olho na tela

Sempre atento ao cenário do basquete mundial, Gustavo de Conti também está assistindo ao documentário Last Dance, uma parceria entre ESPN americana e Netflix, que cobre os anos de Michael Jordan no Chicago Bulls.

“Muito legal, estou adorando. O que mais me chamou a atenção é que mesmo o Jordan não vencia sozinho. Tem aquele jogo ele faz mais de 60 pontos e os Bulls perdem dos Celtics. Foi preciso montar um time ao redor. E Jordan teve que aprender a também passar a bola para seus companheiros.”

E o jeito, muitas vezes até agressivo de Jordan, também faz o estilo de Gustavinho. “Eu adoro quando um jogador meu cobra e incentiva os companheiros de time. É esse tipo de envolvimento e união que eu espero dos meus atletas.”

Seleção

O técnico da seleção brasileira, o Aleksandar Petrovic, invadiu a live para elogiar as condições em que os atletas do Flamengo chegam para representarem o país. “Eles precisam estar na melhor forma para atuarem pelo clube. Esse é um mérito dos preparadores físicos. Eles sabem que eu cobro muito essa parte.”

Como o assunto seleção surgiu, Gustavinho foi perguntado se um técnico brasileiro tem condições de assumir a seleção. Sem muita enrolação e sem se expôr, o técnico disse que há essa possibilidade e que temos técnicos competentes. “No NBB mesmo, a gente tem muitos técnicos excelentes, que seguem estudando e buscando formas diferentes de jogar.”

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