Clube de maior torcida do Brasil, o Flamengo é uma das grandes referências do basquete masculino no país, tanto na base como no adulto. Causa estranheza pensar que o rubro-negro não tenha times de basquete feminino no clube. Isso pode mudar em 2021, entretanto. Em live com a CBB realizada nessa quinta-feira (30), Diego Jeleilate, diretor da modalidade do clube, explicou que há um projeto em andamento na Gávea e que sempre desejou ver uma equipe feminina.
“O Flamengo é uma potência no esporte olímpico. Mas a única modalidade que não tem equipe feminina é o basquete. Quando eu cheguei aqui [Em 2018], o meu diretor comentou isso comigo e eu respondi: ‘precisamos por isso em prática’,” revelou Jeleilate.
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Sucesso na base e no profissional
Diego Jeleilate chegou ao Flamengo em julho de 2018 com vasta experiência na seleção e do Paulistano com a missão de integrar a base com o profissional e implementar um caminho nas categorias que levasse o clube à retomada dos títulos, algo que de fato, conseguiu. O rubro negro é o atual campeão do NBB e liderava a competição até a parada por conta da pandemia do coronavírus, além de ter sido campeão nacional na categoria sub-21.
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Apesar do sucesso na base e no adulto, a ideia de implementar o basquete feminino, que segundo ele já existia desde 2018, acabou não avançando. Jeleite explicou que nunca deixou a o projeto de lado, contudo. De acordo com o diretor, alguns empecilhos apareceram no meio do caminho que atrapalharam muito o Flamengo de tirar a ideia do papel.
“A ideia sempre foi impulsionar o basquete feminino com a marca ‘Flamengo’. Já tínhamos falado com a LBF (Liga de Basquete Feminino); Já enxergávamos a falta de uma equipe feminina como uma carência. Porém, tivemos algumas dificuldades que atrapalharam o andamento do projeto,” explicou.
Chuvas atrapalharam
Diego Jeleilate refere-se às chuvas que assolaram o Rio de Janeiro no começo de 2019. Na ocasião, algumas estruturas do Flamengo no bairro da Gávea foram severamente atingidas, incluindo alguns locais onde jogam todas as categorias do basquete.
“A gente perdeu os dois pisos dos dois ginásios que nós temos. Para que se tenha ideia, recebi um orçamento de um piso de primeiro nível e olímpico. Quase um milhão de reais. Foi uma situação muito difícil, um prejuízo terrível “comentou Jeleilate.
“Tivemos que alugar quadras nas redondezas do clube. Foi difícil pra gente realizar o trabalho em todas as categorias no masculino. Colocar o projeto do feminino, nessa situação, não era sustentável”, completou o diretor.
Coronavírus
Com os dois ginásios em obras e a situação voltando ao normal, Diego Jeleilate voltou a ter o basquete feminino rubro-negro como uma das prioridades.
“É um projeto ainda embrionário. Precisamos analisar estrategicamente em que categoria nós vamos começar. Às vezes você quer ir de cara no adulto… Não, pode não ser o caminho. Podemos fazer que nem outras times de São Paulo que fomentam a base primeiro pra ser um fornecedor de atletas” explicou Diejo Jeleilate.
O diretor fez questão de apontar o novo coronavírus como um novo entrave para a execução da sua desejada atuação.
“Está prestes a entrar na mesa. Esperamos realizar o quanto antes. É lógico que não sabemos qual vai ser o impacto que a pandemia vai trazer. Se ele vier forte para os projetos que já estão nela, os que não estão podem acabar sofrendo,” comentou Jeleite.
O diretor finalizou se mostrando esperançoso: “Apesar de tudo, o projeto já avançou bem. Se Deus quiser, até 2021 teremos uma equipe do Flamengo feminina”.