Wlamir Marques, o ‘Diabo Loiro’, um dos maiores jogadores da história do basquete brasileiro, agora é do Hall da Fama do Comitê Olímpico do Brasil (COB). Nesta terça-feira (28), o paulista foi anunciado pela entidade como um dos homenageados do ano.
E Wlamir Marques terá uma companhia e tanto no Hall da Fama do COB. O ‘Diabo Loiro’ será eternizado na galeria de atletas olímpicos brasileiros ao lado de lendas como Jackie Silva, Sandra Pires, Torben Grael, Vanderlei Cordeiro de Lima, Hortência, Bernardinho, José Roberto Guimarães e Chiaki Ishii.
A data da cerimônia de introdução de Wlamir Marques, de 82 anos, será divulgada futuramente. O jogador recebeu a notícia pelo presidente da Confederação Brasileira Guy Peixoto Jr, que comemorou a indicação do COB.
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“Estou muito feliz com a indicação. É o reconhecimento por uma vida dedicada ao basquete e também a uma geração que fez história com a camisa da seleção brasileira, colocando o Brasil no topo do basquete mundial por duas décadas. Agradeço ao COB e a CBB pela iniciativa – disse Wlamir Marques, emocionado.
A trajetória
Nascido em São Vicente, São Paulo, Wlamir Marques é um dos maiores vencedores da história do basquete brasileiro. Pela seleção, foi bronze nas Olimpíadas de Roma 1960 e Tóquio, 1964, quando, inclusive, foi Porta-Bandeira do Brasil na Cerimônia de Abertura.
Ainda venceu dois Mundiais, no Chile em 1959 e no Brasil em 1963, além de duas pratas, nos mundiais de 1954 e 1970. Wlamir Marques ainda tem três medalhas em Jogos Pan-Americanos, a prata em São Paulo 1963 e dois bronzes, um em 1955 e e outro em 1959.
As conquistas do ‘Diabo Loiro’ não se limitam à seleção. Com passagens por Piracicaba, XV de Novembro, Campinas e Corinthians, brilhou no Timão com inúmeras taças: cinco Campeonatos Paulistas (sete ao todo); sete Campeonatos Paulistanos (nove ao todo); três Campeonatos Brasileiros e três Sul-Americanos de Clubes.
Em 1965, inclusive, o Corinthians de Wlamir Marques fez história ao vencer o Real Madrid no Parque São Jorge por 118 a 109. Wlamir anotou 51 pontos, 31 no primeiro tempo e 20 no segundo.
Após a carreira de jogador, Wlamir tornou-se técnico, começando no Limeira. Passou também por São Caetano, XV de Piracicaba, Jundiaí, Corinthians, Tênis Clube de Campinas, Palmeiras, Hebraica, Cerquilho, e Telesp Clube Pinheiros, no masculino e no feminino. Ganhou três vezes o Campeonato Paulista Feminino de Basquete e uma vez o Campeonato Paulista Masculino de Basquete.
Em 1982, trabalhou como comentarista da Rede Globo no Campeonato Paulista. E depois, pela Rede Manchete, foi comentarista em quatro Jogos Olímpicos: 1984, 1988, 1992 e 1996. Hoje, é comentarista da ESPN Brasil.
Hall da Fama do COB
O Hall da Fama do Comitê Olímpico do Brasil (COB) foi lançado durante a cerimônia do Prêmio Brasil Olímpico (PBO) 2018. Os primeiros atletas a deixarem suas marcas eternizadas foram Torben Grael (vela), dono de cinco medalhas olímpicas; a dupla Sandra Pires e Jackie Silva (vôlei de praia), primeiras mulheres brasileiras a ganharem ouro nos Jogos; e Vanderlei Cordeiro de Lima (atletismo), único brasileiro a receber a medalha Pierre de Coubertin, maior honraria do Comitê Olímpico Internacional.
A homenagem anual será feita a personagens que contribuíram de maneira marcante com o esporte olímpico brasileiro, promovendo o Olimpismo e inspirando novas gerações.
O Hall da Fama do COB tem o objetivo de enaltecer, difundir e eternizar a história do Movimento Olímpico do país, inspirando a sociedade por meio do conhecimento de biografias marcantes e singulares a serviço do esporte. Assim, o Hall da Fama é uma ação de reconhecimento às personalidades que contribuíram de maneira notável para o esporte olímpico nacional, como é Wlamir Marques.
Na sede do Centro de Treinamento do Time Brasil, no Rio de Janeiro, haverá um mural do Hall da Fama com os moldes das mãos ou pés dos homenageados – disponíveis à visitação –, além de um espaço para seus perfis, com as conquistas, fotos e vídeos, dentro do site oficial do COB.
Outras homenagens
O ginásio do Corinthians leva o nome de Wlamir Marques desde 2016, no Parque São Jorge. Em 2018, o ídolo foi homenageado pela Confederação Brasileira de Basketball no ginásio que leva seu nome e que recebeu a partida entre Brasil e República Dominicana pelas eliminatórias do Mundial de 2019.
Wlamir recebeu uma placa em agradecimento pelos serviços prestados e também uma camisa atual da seleção brasileira com seu nome e número.