A comunidade do basquete australiano estabeleceu uma força-tarefa para combater os desafios que as competições estão enfrentando com a pandemia do coronavírus. Tanto as federações (nacional e estaduais), quanto ligas (NBL, WNBL, NBL1), clubes e jogadores se uniram para criar um plano para reiniciar o esporte quando a ameaça da Covid-19 diminuir.
Dois brasileiros fazem parte do universo do basquete australiano. Scott Machado foi um dos destaques da temporada do Cairns Taipans e Didi Louzada conseguiu chegar à final da NBL com a equipe do Sydney Kings.
A pandemia, inclusive, afetou diretamente a reta final da principal liga do país. Na decisão, os Kings perdiam a série para o Perth Wildcats por 2 a 1. Com o aumento da ameaça do coronavírus, e os times tendo que jogar sem torcida, a equipe de Didi decidiu não entrar em quadra e obrigou a NBL a dar o título da temporada para os Wildcats.
Impacto do basquete
A força-tarefa será liderada pelo presidente da Federação Australiana, Ned Coten, e pelo proprietário e presidente executivo da NBL, Larry Kestelman.
“O basquete não é imune ao impacto da Covid-19 e, como o resto da comunidade, precisamos fazer tudo o que pudermos para superar esses momentos desafiadores, mas também trabalhar juntos para reiniciar o esporte na hora certa”, afirmou Ned Coten.
“O basquete é um dos esportes de maior participação da Austrália, com mais de 1,5 milhão de participantes ativos. O jogo emprega dezenas de milhares de pessoas em todo o país e gera um impacto econômico significativo, além de uma gama de benefícios sociais e de saúde para a comunidade em geral, de ambos os sexos e idades, que serão necessárias mais do que nunca à medida que nos recuperarmos”, completou o presidente da Basketball Australia.
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“A NBL atraiu quase um milhão de pessoas na última temporada e agora é considerada a segunda melhor liga nacional de basquete do mundo depois da NBA. Somos um produto de entretenimento”, disse o presidente executivo da NBL, Larry Kestelman.
“O basquete não pode recorrer às receitas da televisão se ainda houver restrições às multidões e precisa de assistência. Não estamos buscando prioridade especial, mas simplesmente pedindo para não sermos esquecidos para garantir que possamos continuar a oferecer o esporte que nós e tantos australianos amamos”, concluiu Kestelman.
A força-tarefa ainda consultará todas as áreas do esporte para desenvolver os detalhes do programa de recuperação do basquete australiano.