Anderson Varejão tenta impedir cesta do argentino Scola/Crédito: CBB |
Na última segunda-feira, comentei um post do colega José Antonio Lima no ótimo blog Esporte Fino, no qual ele pedia paciência para o técnico Rubén Magnano trabalhar se a seleção brasileira fosse eliminada para a Argentina no Campeonato Mundial da Turquia, Em meu comentário, lembrei que o resultado do Brasil no torneio tinha uma importância menor em comparação com o árduo trabalho do treinador argentino para reestruturar o basquete nacional.
Embora até acreditasse num triunfo sobre a Argentina, a derrota brasileiro por 93 a 89 precisa ser encarada com uma certa dose de naturalidade. Sim, é verdade que mais uma vez o Brasil esteve perto demais de uma vitória. E é verdade também que a falta de maior controle emocional dos jogadores brasileiros, em especial Leandrinho no minuto final, pôs tudo a perder.
Não se pode esquecer um fato preponderante: a Argentina tinha um craque, Luis Scola, que só não fez chover em Istanbul, anotando 37 pontos. Já o Brasil não teve este jogador, embora Marcelinho Huertas tenha feito uma atuação espetacular, anotando 32 fontos e não fugindo do pau em nenhum momento.
Qualquer derrota é ruim. O Brasil vem se tornando um freguês de caderneta da Argentina em competições oficiais de alto nível – campeonatos sul-americanos e jogos pan-americanos não entram nesta conta. Mas o saldo do time de Magnano é positivo. Um time que saiu do 19º para o 9º lugar num Mundial, em um intervalo de quatro anos, precisa ser avaliado com mais atenção.
O basquete masculino do Brasil está aos poucos saindo do fundo do poço onde se enfiou por culpa exclusiva sua. Ninguém retoma o caminho das vitórias de forma tranquila. Se derem tranquilidade para Rubén Magnano fazer o seu trabalho, a seleção brasileira voltará a viver seus dias de glória. É só uma questão de tempo.