Acabou nesta quarta-feira a novela mais irritante e sem sentido da história do basquete brasileiro. Pelo Twitter, a Confederação Brasileira de Basquete (CBB) anunciou o nome do desconhecido espanhol Carlos Colinas como o treinador da equipe para a temporada de 2010, cujo objetivo principal é o Campeonato Mundial da República Tcheca, em setembro e outubro. Colinas fez sua carreira comandando as seleções de base da Espanha. O máximo que fez no time principal espanhol foi ter sido auxiliar-técnico que foi terceiro colocado no Campeonato Europeu de 2002.
Não se discute aqui os critérios adotados pela entidade, que já havia feito a opção por um treinador estrangeiro na seleção masculina, primeiro com Moncho Monsalve e agora com Rubén Magnano. Trata-se de uma filosofia de trabalho, que só o futuro mostrará ter sido correta ou não. O que não dá para aceitar foi a demora em definir um nome e, especialmente, o tratamento dedicado ao antecessor, Paulo Bassul.
Nos últimos meses, Bassul foi litaralmente “cozido” em banho-maria pela diretora de basquete feminino da CBB, Hortência Marcari, que até agora não mostra como cartola a mesma genialidade que exibia nos tempos em que foi uma das maiores jogadoras do mundo. Hortência pode até não admitir, mas após a Copa América, Bassul estava fora de seus planos.
Em sua cabeça, o time brasileiro não pode ficar sem Iziane, que para Hortência seria a melhor jogadora brasileira em atividade. E como Iziane não joga sob o comando de Bassul (como a arrogante jogadora deixou claro em entrevista ao Diário de S. Paulo no início do ano), nada mais lógico do que trocar o treinador. E por que a CBB levou quase seis meses para admitir que seria chamado um novo treinador para o lugar de Bassul?
Foto: Divulgação/CBB