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Basquete

Novelinha sem graça e cansativa

Coluna Diário Esportivo, publicada na edição de 15 de janeiro do Diário de S. Paulo

Sinceramente, já cansou a minha paciência o interminável impasse que se transformou a definição do nome do técnico da seleção feminina de basquete do Brasil. Até parece que os dirigentes da CBB fizeram algum curso de dramaturgia por correspondência e criaram um enredo longo e enfadonho. Na verdade, o processo de fritura de Paulo Bassul, que até o ano passado era o comandante da equipe, continua em andamento, e pelo andar da carruagem não dá sinais de que terminará tão cedo.

O que mais irrita em toda esta indefinição é a falta de um posicionamento mais firme da Confederação, através da diretora de basquete feminino, Hortência Marcari, e do próprio presidente da entidade, o sempre silencioso Carlos Nunes. No popular, a CBB está em cima do muro, abrindo espaço para que a ala Iziane Marques, que não suporta Bassul, acabe definindo o nome do novo treinador da seleção.

Para quem não se lembra, Bassul e Iziane tiveram um sério desentendimento no Pré-Olímpico de Madri, em 2008, quando a jogadora se recusou a entrar em quadra no jogo contra a Bielo-Rússia e foi cortada. No ano passado, ela foi convocada por Bassul para a Copa América, mas não atendeu o chamado. Em recente entrevista ao DIÁRIO, Iziane disse que se Bassul for dispensado, ela aceita voltar à seleção. É inacreditável que uma jogadora dê uma declaração como esta. É bom lembrar ainda que este ano o Brasil disputará o Mundial da República Tcheca. As perspectivas não são muito animadoras.

A coluna Diário Esportivo, assinada por este blogueiro, é publicada às sextas-feiras no Diário de S. Paulo

Foto: Paulo Bassul conversa com Iziane, durante o Pré-Olímpico de Madri de 2008
Crédito: reprodução de TV

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