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Basquete

O basquete brasileiro e o dilema: escolher entre o ruim e o péssimo

Coluna Diário Esportivo, publicada na edição de 1º de maio do Diário de S. Paulo

Segunda-feira, na sede do Jockey Club Brasileiro, a partir das 10 horas, no Rio, a Confederação Brasileira de Basquete (CBB) conhecerá seu novo presidente. Neste dia, Gerasime Bozikis, o Grego, atual presidente da entidade, e Carlos Nunes, presidente da Federação Gaúcha, brigarão pelos votos das 26 federações estaduais aptas a participar do pleito. Mas quem quer que seja o vencedor, o provável é que quase nada se modifique no cenário do basquete brasileiro.

Há 12 anos no comando da CBB, a administração de Grego foi um grande fiasco. Neste período, o basquete do Brasil conheceu o seu período mais conturbado politicamente, além de ter colecionado diversas decepções dentro de quadra. Foi sob o seu comando que clubes brigaram entre si, tentaram criar uma liga independente sem sucesso e só quando a modalidade caminhava para o fundo do poço viram nascer a Liga Nacional, ainda sem empolgar.

Mas foi dentro de quadra que a gestão atual da CBB mais amealhou fracassos. Com exceção da ótima medalha de bronze da seleção feminina nos Jogos Olímpicos de Sydney, em 2000, foi um vexame atrás do outro, especialmente com a equipe masculina, que não consegue se classificar para as Olimpíadas desde Atlanta-96.

O pior de tudo é que o candidato da oposição também não é lá estas coisas. O gaúcho Carlos Nunes foi durante anos um dos representantes da CBB, além de estar há 14 anos no poder na federação gaúcha.

Qualquer que seja o vencedor, com certeza o basquete brasileiro sairá perdendo.

A coluna Diário Esportivo, assinada por este blogueiro, é publicada às sextas-feiras no Diário de S. Paulo

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