O Nacional feminino de basquete pode estar longe de ser o campeonato dos sonhos, a começar pelo modesto número de equipes participantes (9). Mas a 11ª edição do torneio já trouxe ao menos uma boa surpresa: fugindo do manjado protagonismo entre Ourinhos e Unimed/Catanduva, eis que Americana vem roubando a cena e liderando a competição, com 100% de aproveitamento (12 vitórias em 12 jogos realizados).
A campanha é tão impressionante que o time foi o primeiro a garantir matematicamente sua classificação para as semifinais do Nacional – os quatro primeiros colocados avançam à etapa seguinte. E olhe que ainda falta quase um mês para o encerramento da fase de classificação.
O segredo deste time? Além de jogadoras importantes, como a ala Karla (que disputou os Jogos Olímpicos de Pequim), e a ala Renata (terceira cestinha do campeonato, com 15,3 pontos p/jogo de média), a boa fase de Americana está amparado em duas representantes da velha guarda: a técnica Maria Angélica Gonçalves, a Branca (foto), e a veterana ala Adriana Santos, de 37 anos.
Companheiras dos bons tempos da seleção brasileira (juntas ganharam a medalha de prata nas Olimpíadas de Atlanta-96), as duas são a base deste bom time de Americana, que se destaca pelo conjunto e a individualidade. No banco, Branca vem se mostrando uma técnica madura e tranqüila. Em quadra, Adriana é praticamente uma segunda treinadora, atuando em média 24,3 minutos por partida, com uma boa média de 10,8 pontos por jogo e 45% de aproveitamento nos arremessos de três pontos.
Foto: Gaspar Nóbrega/Divulgação CBB