Tênis brasileiro volta a ter motivos para sonhar
Após a aposentadoria de Gustavo Kuerten, não foram poucos (entre os quais me incluo) que vislumbraram um longo período de vacas magras atravessando o caminho do tênis brasileiro. Afinal, o que esperar de uma modalidade que não teve a competência suficiente para aproveitar a popularidade de um dos maiores ídolos esportivos da história deste país? Mas os acontecimentos das últimas semanas serviram para tornar o horizonte das quadras nacionais um pouco mais azul.
Primeiro, dois brasileiros estão garantidos no torneio masculino de tênis dos Jogos Olímpicos de Pequim: Thomaz Bellucci e Marcos Daniel. O paulista Bellucci, melhor do país no ranking da Associação dos Tenistas Profissionais (ATP), em 68 lugar, assegurou sua vaga na quadra, no último dia 5, ao bater o tcheco Tomas Berdych, número 13 do mundo, no challenger de Prostejov (Tch).
Já o gaúcho Daniel, 76 no ranking mundial, carimbou o seu passaporte na última terça-feira, após a ATP anunciar a desistência de dez tenistas que estavam à sua frente na classificação. Se tudo isso já não bastasse, eis que Bellucci passou esta semana pela primeira rodada do tradicional Torneio de Wimbledon e tornando-se o primeiro brasileiro desde 2003 a conseguir tal feito. Mesmo já tendo sido eliminado na quarta-feira, Bellucci vem mostrando que tem potencial para ser muito mais do que uma promessa. O que, convenhamos, no cenário atual do tênis nacional, significa muita coisa.
O drama de Juliana
Chega a comover o esforço que a jogadora de vôlei de praia Juliana faz para não ficar fora das Olimpíadas. Mas é preciso ter cuidado para que todo este esforço não aumente ainda mais o drama da atleta, que compõe com Larissa a melhor dupla brasileira na modalidade. Uma lesão no ligamento dos joelhos não é algo simples. Todo cuidado neste caso é pouco, para não correr o risco de estragar uma carreira brilhante.
Natação sem ilusões
As meninas da natação brasileira que vão a Pequim estão confiantes em obter bons resultados, mas conscientes de suas limitações. Esta foi a impressão deixada por algumas de suas integrantes, em evento no Pinheiros esta semana. “É difícil imaginar que vamos chegar à final olímpica. Mas isso não quer dizer que a natação brasileira não evoluiu. É só comparar o número de meninas que conseguiram cinco índices, contra três da última olimpíada”, disse Flavia Delaroli, classificada para nadar os 50m livre.
Perguntar não ofende
Como Leandrinho explica sua presença em um jogo de futebol beneficente, organizado pelo amigo Steve Nash, se pediu dispensa da seleção brasileira de basquete para tratar o joelho? (colaborou Jorge Nicola, do Diário de S. Paulo)