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Basquete

Diário Esportivo: eis a coluna desta sexta

O basquete do Brasil não merece um técnico de 2ª

Longe das Olimpíadas desde os Jogos de Atlanta-96 e com uma interminável coleção de fracassos nos últimos Campeonatos Mundiais, o basquete masculino brasileiro vive uma crise que parece não ter fim. Mas quando se acha que já se viu de tudo nas quadras nacionais, sempre há espaço para surpresas. Foi este o sentimento geral com o anúncio do novo técnico da seleção brasileira, o espanhol Juan Manuel “Moncho” Monsalve. Ele terá como principal tarefa comandar o Brasil no Pré-Olímpico Mundial da Grécia, em julho, quando as últimas três vagas estarão em jogo. Duro é acreditar que o treinador espanhol tenha sucesso em sua missão com um currículo onde despontam passagens pelas “fortes” seleções da República Dominicana, Marrocos (sub-21), Tunísia e Suíça. Em clubes masculinos, Monsalve obteve três títulos. Detalhe importante: todos da segunda divisão espanhola.

Perfil disciplinador

Em entrevista ao DIÁRIO publicada no último domingo, feita pelo colega Alessandro Lucchetti, Moncho Monsalve — que há três anos comanda a seleção B da Espanha — mostrou-se confiante em seu objetivo de classificar o Brasil para Pequim. E foi bem claro ao passar um recado aos futuros comandados: não abrirá mão da disciplina. E isso não foi à toa. Ainda está viva na memória dos cartolas da Confederação Brasileira de Basquete (CBB) as cenas do último Pré-Olímpico, quando o armador Nezinho recusou-se a entrar em quadra no jogo contra o Uruguai.

Reserva de mercado

Agora, cá entre nós: se fosse para escolher um técnico estilo “sargentão”, a quem os jogadores respeitassem, por que não optar novamente por Hélio Rubens Garcia, disparado o melhor treinador brasileiro? E se mesmo assim a CBB preferisse sangue novo, melhor seria finalmente dar uma oportunidade a Marcel de Souza, integrante da última geração que conquistou um título de expressão pela seleção, o Pan-Americano de Indianápolis-87.

Ainda o caso Nenê

Há uma semana foi divulgado que o tumor extraído do testículo direito do pivô Nenê Hilário era benigno. Mas reportagem da revista “Época” mostrou que se tratava de um tumor maligno. Que houve um erro de informação, isso está claro. Seria prudente que o Denver Nuggets ou os assessores de Nenê se pronunciassem sobre o caso. Transparência sempre é bom.

Alô, presidente!

Não é privilégio de Luiz Inácio Lula da Silva ou Hugo Chavez ligar para atletas que brilham em competições internacionais. O jovem tenista francês Jo-Wilfried Tsonga, que eliminou Rafael Nadal e está na decisão do Aberto da Austrália, recebeu telefonema de um orgulhoso Nicolas Sarkozy.

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