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Basquete

Diário Esportivo: prestigiem a coluna do blogueiro no Diário de S. Paulo

O meu editor Marco Aurélio Pereira, no Diário de S. Paulo, cometeu o desatino (rs) de dar a este blogueiro a honra de fazer uma coluna poliesportiva, para falar de todos as modalidades com exceção do futebol, que já tem coluna demais por aí, diga-se de passagem.

Brincadeiras à parte, além de ficar lisonjeado do ponto de vista pessoal, acho que os chamados “outros esportes” mereceriam mais espaço nos jornais. Com exceção do Lance!, mas este até por motivos óbvios, por se tratar de um jornal especializado em esportes.

A coluna “Diário Esportivo” será publicada todas às sextas-feiras. Para o pessoal de fora de São Paulo, coloco a coluna logo abaixo. Para a turma daqui, tirem o escorpião do bolso, dirijam-se à banca mais próxima e comprem a edição desta sexta. É só R$ 1,50…

Na estréia, uma pequena homenagem a um ídolo que talvez não tenha tido o reconhecimento merecido, Gustavo Kurten, que está abandonando as quadras.

Tênis brasileiro não soube aproveitar a era Guga

Em um país cujo esporte nacional é quase uma religião, como é o caso do futebol no Brasil, conseguir espaço para falar sobre as demais modalidades esportivas é um feito considerável. E, ao mesmo tempo, uma tarefa de muita responsabilidade. Afinal, não é fácil concorrer com a verdadeira overdose de futebol invadindo diariamente as páginas de jornais, sites, programas de TV e de rádio. Para ajudar a modificar esta histórica monocultura esportiva, o DIÁRIO passa a contar, a partir de hoje, com um espaço para falar, comentar, criticar e elogiar (por que não?) as demais modalidades. E, em ano de Olimpíadas, então, assunto não irá faltar. Mas esta primeira coluna não poderia deixar de ter como tema principal o adeus — que já era esperado, diga-se de passagem — de um dos maiores ídolos esportivos recentes do Brasil, Gustavo Kuerten.

Um gênio do tênis
Fosse este um país sério, teríamos estátuas com a imagem de Guga na porta de cada quadra de tênis do Brasil. O que este carismático catarinense fez desde 1997, quando assombrou o mundo ao vencer o Aberto da França, foi impressionante: 20 títulos de simples (entre os quais mais dois em Roland Garros), 358 vitórias e 43 semanas como número um do mundo, entre 2000 e 2001. Sem contar vitórias históricas sobre monstros sagrados das quadras, como Pete Sampras, Andre Agassi e Roger Federer. São números que colocam Guga entre os maiores da história do tênis mundial.

Chance desperdiçada
E o que fez a Confederação Brasileira de Tênis (CBT) para tirar proveito da “Gugamania”? Construiu centros de excelência, promoveu intenso trabalho de renovação e investiu na popularização da modalidade? A resposta para todas estas perguntas é não! Perdida entre denúncias de corrupção e troca de presidentes, a CBT simplesmente viu o bonde da história passar e desperdiçou a grande chance para o tênis brasileiro sair da pré-história. Com isso, nem conseguiu igualar o exemplo da Argentina, que tem cinco tenistas entre os 50 melhores do mundo. Já o Brasil possui Marcos Daniel como seu melhor ranqueado, em 106º lugar.

O drama de Nenê
Felizmente os exames apontaram que o tumor extraído do testículo direito do pivô Nenê Hilário era benigno. Com isso, a carreira do primeiro brasileiro a fazer sucesso na NBA deverá prosseguir normalmente. Mas que ninguém espere contar com Nenê na seleção brasileira de basquete que disputará o Pré-Olímpico Mundial, em julho, na Grécia. Se com ele já seria difícil conseguir a vaga, imagine sem…

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