Vamos deixar o politicamente correto de lado e ir direto aos fatos: começará neste domingo, com a realização de três partidas, o Campeonato Nacional masculino de basquete mais esculhambado de todos os tempos. Digo isso sem medo de errar, pois graças a (mais um) racha político com a CBB, os clubes de São Paulo resolveram boicotar a competição. Haverá, na verdade, um meio-time paulista, o Ulbra, que fez parceria com São Bernardo e disputará a competição.
Assim, ao invés de encontrar times como Franca, Limeira, Rio Claro ou Assis, o torcedor poderá se deleitar com algumas “potências”, como o FTC EAD, da Bahia; o CETAF/Garoto e o Saldanha da Gama, do Espírito Santo; ou o Iguaçu basquete Clube, do Rio de Janeiro.
Só mesmo um maluco para achar que pode-se chamar de Campeonato Nacional um torneio que não conta com equipes de São Paulo e tem dois times do Espírito Santo e um da Bahia!
Mas antes que me chamem de racista, bairrista ou qualquer outro “ista”, os paulistas também têm boa parcela de culpa para o fato de a situação ter chegado a este ponto. Preocupados em não enfraquecer o já combalido Campeonato Paulista – e também interessados em deter o poder total na organização do torneio – as equipes de São Paulo desistiram do nacional e criaram uma Supercopa Nacional, que apesar do nome terá apenas times paulistas.
Estão fazendo uma força enorme para acabar com o basquete no Brasil. E logo vão ter sucesso nesta empreitada.