A pivô Kelly Santos, que defendeu o Uninassau Basquete (PE) na última temporada, está completando 20 anos vestindo a camisa da Seleção Brasileira Adulta Feminina. A primeira convocação da experiente jogadora foi na Copa América de 1997, com o Brasil sagrando-se o campeão invicto ao suplantar os Estados Unidos, na grande final, por 101 a 95.
“Foi uma coisa surpreendente e que alavancou a minha carreira, pois vinha da disputa de uma Copa América Sub-19, em São Luís (MA), e o técnico Antonio Carlos Barbosa foi conferir de perto a competição, gostando da minha produção. Logo em seguida, fui chamada para o selecionado principal e foi uma grande emoção jogar ao lado de jogadoras como a Paula”, relembrou Kelly, de 1m92.
“Desde então, foram diversas convocações, em que a medalha olímpica em Sidney pode ser considerada o ponto alto, mas todas as vezes que vesti a camisa da Seleção Brasileira foi um motivo de orgulho e satisfação, em que procurei dar o meu máximo e ajudar sempre da melhor maneira possível. E, desta vez não é diferente, o meu pensamento é ajudar o grupo de todas as formas”, acrescentou a pivô.
“Mas, por muitas vezes eu pensei em desistir, entretanto, sempre busquei força para prosseguir e vencer os obstáculos. Joguei em diversos países, conquistei diversos títulos e tenho vivido muitas alegrias ao longo da minha carreira”, complementa a pivô.
Aos 37 anos, Kelly foi uma das atletas convocadas pelo técnico Carlos Lima para integrar o selecionado brasileiro feminino, que está se preparando para disputar a Copa América de 2017, que será jogada em Buenos Aires, capital da Argentina, de 6 a 13 de agosto. “Trata-se de uma jogadora que sempre esteve à disposição para servir a Seleção Brasileira e isso precisa ser exaltado, pois mesmo sendo chamada há 20 anos, mantém o ímpeto e a felicidade de estar representando o País em competições internacionais”, explicou Lima.
Na Seleção Brasileira, a experiente pivô participou de conquistas importantes: medalha de bronze nos Jogos Olímpicos de Sidney (2000), três vezes campeã da Copa América (1997, 2001 e 2009) e três vezes campeã sul-americana (1999, 2001 e 2003), entre outras. Nos clubes, a pivô foi campeã Mundial atuando pelo BCN/Osasco (1998), campeã Nacional pelo CR Vasco da Gama (2001) e duas vezes campeã Paulista: em 1996 pela Microcamp/Campinas e em 1998 pelo BCN/Osasco; além disso, foi uma vez campeã Carioca (2001), jogando pelo CR Vasco da Gama.