Campeã Pan-Americana após um hiato que vinha desde Havana 1991. Medalhista na AmeriCup, jogando de igual para igual com Estados Unidos e Canadá. E classificado para o Pré-Olímpico Mundial para Tóquio 2020. O basquete feminino do Brasil fecha 2019 com resultados expressivos e a certeza de que o trabalho na recuperação do basquete está no caminho certo.
“Sabemos da importância e da tradição do basquete feminino no Brasil. E desde que entramos, trabalhamos para dar a nossas meninas a atenção e condição de trabalho que elas merecem. O basquete feminino do Brasil é muito grande, campeão do mundo, e estamos de volta ao cenário internacional, recuperando o respeito das rivais”, comemorou o presidente da CBB, Guy Peixoto Jr.
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O trabalho começou com a chegada do técnico José Neto, em junho. O ex-comandante do Flamengo voltou do Japão e acertou com a CBB para dirigir o basquete feminino, o seu primeiro trabalho com mulheres. A química foi perfeita e o resultado veio logo no Pan-Americano de Lima 2019. Ao lado de Virgil López, João Camargo e do preparador físico Diego Falcão, a parte técnica da comissão conseguiu tirar todo o potencial das atletas, trazendo de volta a confiança e o sorriso no rosto.
“O Neto trouxe uma energia muito boa para a gente. Se eu tiver que viajar da Europa para o Brasil, quantas vezes for, para jogar pelo Brasil, eu venho feliz. Esse momento está muito legal, divertido, e tem me feito muito bem. O trabalho da CBB e da comissão técnica inteira foi fundamental. A seleção feminina se sentiu abraçada.”, disse a pivô Érika, que viveu vários momentos na CBB.
No Pré-Olímpico das Américas, em Bahía Blanca, na Argentina, o Brasil confirmou seu grande momento. Fez jogo duro contra os Estados Unidos, chegando a estar na frente do marcador e perdendo por 76 a 61, venceu a Colômbia por 61 a 33 e depois bateu a Argentina por 77 a 55, carimbando um lugar na disputa para Tóquio 2020 em fevereiro do ano que vem.
Além da técnica demonstrada na Argentina, a qualidade da preparação do basquete feminino foi fundamental para o resultado. Por duas semanas, o grupo trabalhou na Arena Carioca 2, no Rio de Janeiro, ficando hospedada ao lado da arena, com excelente logística. A parte física foi feita no CT Maria Lenk, na estrutura do COB. Todo o trabalho, inclusive, foi feito em parceria com o Comitê Olímpico do Brasil, que disponibilizou a estrutura e deu todo suporte à área técnica da CBB.
“Antes da preparação, se eu tivesse que escolher a logística perfeita para a preparação, foi a que tivemos para esse Pré-Olímpico. Uma quadra montada só para nós, proximidade do local de treino e hospedagem. Menos desgaste para as meninas. Isso potencializa o trabalho.”, explicou o técnico José Neto.
Agora, em 2020, o Brasil vai em busca da vaga em Tóquio 2020. Nos próximos meses, a CBB irá definir e divulgar o calendário de preparação para o torneio seletivo. O sorteio das chaves acontece em 27 de novembro, na Suíça, na sede da FIBA. Serão 16 seleções em quatro grupos com quatro países em cada um. Como EUA e Japão já estão classificados, efetivamente serão 14 países em busca de 10 vagas. A chave brasileira pode ser na França, Sérvia, Bélgica ou China.