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Basquete

Entenda a Basketball Champions League Americas

Equipes, sistema de disputa e mais: saiba tudo sobre a nova principal competição da América Latina

Flamengo e Franca Basquete na final do NBB

A Basketball Champions League Americas está cada vez mais próxima. A competição que substituirá a partir deste ano a Liga das Américas tem seu início marcado já nesta segunda-feira (28/10), com o confronto entre Mogi das Cruzes e San Lorenzo, no Gináiso Professor Hugo Ramos, às 20 horas.

Mas aí, torcedor, sabemos que dúvidas não faltam sobre a nova competição internacional. Por isso, preparamos um guia da Champions League, em que explicaremos tudo o que você precisa saber sobre a maior competição internacional do basquete latino americano.

Dá uma conferida:

O que é a Champions League Americas?

Para muitos escutar o nome “Champions” já remete a uma das maiores competições de futebol do planeta. Mas, não. Não é sobre isso que a Basketball Champions League Americas (BCLA) se trata.

Inspirada na competição europeia de basquete que leva o mesmo nome, existente desde de março de 2016, a BCLA se trata de uma iniciativa inovadora organizada pela FIBA em conjunto com as três principais ligas de basquete do continente latino americano (Brasil, Argentina e México). Tal formato é semelhante ao da Champions europeia, que é organizada pelas 11 principais ligas do continente.

A ideia de copiar essa receita para solo latino americano começou a ser concebida ainda em 2018, em conversa entre a FIBA e as três ligas envolvidas (Brasil, Argentina e México). Para o Presidente da Liga Nacional de Basquete, Kouros Monadjemi, a Champions é uma revolução no basquete latino americano.

“Foi uma atitude de revolução no basquetebol latino americano, porque estamos aproximando as melhores equipes do continente às torcidas dos países. A forma como está sendo disputada, em que você joga na sua casa e na casa do adversário faz com que dê uma amplitude na massificação do basquete e uma importância na disputa da melhor equipe das Américas”, declarou o presidente da LNB sobre o lançamento oficial da competição, no dia 21 de setembro deste ano.

Com tudo mais maduro, as coisas saíram do papel e uma comissão foi formada entre FIBA, membros das três ligas organizadoras, além de representantes dos outros países participantes.

Agora, a Champions substituirá a agora extinta Liga das Américas. A meta é de tornar a disputa mais atrativa e rentável para a torcida, clubes e patrocinadores. Além disso, a competição promete uma melhora organizacional no que diz respeito a calendário, que será sempre divulgado com antecedência, e também em proporcionar as equipes jogos dentro e fora de casa.

A vaga na Champions

Flamengo garantiu vaga após a conquista do última NBB (Fotojump/LNB)

A cada ano, por haver a possibilidade do aumento de números de participantes, a comissão formada pela FIBA e as três ligas organizadoras reavaliará o método de ingresso na competição, já que o intuito é de que a competição cresça, pouco a pouco, ano a ano.

No Brasil, até então, os três primeiros colocados do NBB garantem vaga na edição seguinte da Champions. Nessa edição, os três brasileiros serão Flamengo (1º), Sesi Franca (2º) e Mogi (3º).

Calendário

A Basketball Champions League Américas durará de outubro de 2019 a março de 2020, com janelas de jogos nas seguintes datas: 28 de outubro a 01 de novembro (8 jogos), 25 a 29 de novembro (8 jogos), 16 a 20 de dezembro (8 jogos), 14 a 21 de janeiro (quartas de final), 14 a 29 de fevereiro (semifinais), e a grande final entre os dias 9 e 14 de março de 2020.

Os times

Em sua primeira edição, a Champions contará com 12 times participantes, com representante de seis países diferentes do continente americano.

Entre as três ligas organizadoras, Brasil e Argentina receberam três vagas, enquanto o México ficou com duas. Uruguai, com duas vagas, e Chile e Nicarágua, com uma cada, completam a lista.

As equipes são: Sesi Franca Basquete, Mogi das Cruzes, Flamengo, San Lorenzo (ARG), Quimsa (ARG), Instituto de Cordobá (ARG), Biguá (URU), Aguada (URU), Fuerza Regia (MEX), Capitanes (MEX), Deportivo Valdivia (CHI), Real Estelí (NCA).

Grupos e sistema de disputa

Os 12 times participantes foram divididos em quatro grupos, listados de A a D, com três times em cada. Dentre os quatro grupos, teremos Franca, Mogi e Flamengo como os representantes brasileiros. Os grupos:

Nesse primeiro momento, as equipes se enfrentarão entre si nos seus grupos, com duelos nas respectivas casas de cada equipe, no modelo de turno e returno.

Após isso, os dois primeiros colocados de cada chave avançarão para às quartas de final, que será disputada em série melhor de três jogos, assim como nas semifinais e na Final.

Principais jogadores

  • Equipes brasileiras:

Dentre os times brasileiros, alguns jogadores são tidos como os principais nomes de seus clubes.

O Flamengo, atual campeão do NBB, chega para a Champions com o trio de peso formado por Marquinhos, Balbi e Zach Graham, peças essenciais na engrenagem rubro-negra.

Enquanto o armador argentino Balbi fica responsável por ser o motor do time, contribuindo também com bons dígitos na pontuação, os alas Marquinhos e Graham complementam com muita agressividade, técnica e poder de decisão na hora de pontuar.

Marquinhos, do Flamengo, é um dos grandes nomes da Seleção Brasileira (Divulgação/FIBA)

Já no Franca, vice-campeão do último NBB e campeão da Liga Sul-Americana 2018, renovou com boa parte do seu elenco e conta com três dos seus pilares fundamentais para essa temporada.

O primeiro deles é o ala norte-americano David Jackson, exímio chutador, especialmente da linha de três pontos, que promete dar dor de cabeça para os adversários. Os outros dois podem ser considerados os homens do garrafão francano, formado por Lucas Dias, um dos melhores e mais versáteis alas/pivôs do Brasil, e pelo pivô Hettsheimeir, que além de um belo trabalho de costas para a cesta também é um chutador nato de bolas de 3 pontos.

Um dos grandes pivôs do basquete brasileiro, Hettsheimeir é um dos pilares do Franca (Fotojump/LNB)

Por último, o Mogi das Cruzes é o time que mais mudou em comparação a última temporada. Mesmo assim, a equipe foi pontual no mercado e soube se reforçar pontualmente para essa temporada.

Com um trio formado por uma mescla de juventude e experiência, a equipe vem conseguido bons resultados até aqui. Pela parte mais experiente, temos o armador Fúlvio, que mesmo com seus 38 anos ainda pode render muito. Com ele, aliado a juventude e técnica de Alexey e Danilo Fuzaro, ambos contratos para essa temporada, o Mogi deve dar trabalho em seu grupo da Champions.

No Mogi, Alexey vive grande fase, com protagonismo em alta (Antonio Penedo/Mogi)
  • Equipes argentinas:

A Argentina, assim como o Brasil, contará com três representantes: San Lorenzo, Quimsa e Instituto Córdoba.

Último campeão da Liga das Américas, agora substituída pela Champions, o San Lorenzo se mantém com um plantel forte para o desafio na nova competição continental. A principal estrela da equipe de Almagro é o último MVP da Liga das Américas, o norte-americano naturalizado jordano Dar Tucker, que também atuou na Copa do Mundo na China pela Seleção da Jordânia.

Dar Tucker, do San Lorenzo, foi campeão e MVP da Liga das Américas 2019 (Divulgação/FIBA)

Enquanto no Quimsa, um dos nomes que comanda o time é o do argentino Juan Brussino, de 28 anos. Na última edição da La Liga (competição nacional argentina), o jogador anotou médias de 13,6 pontos, 2,6 rebotes e 4,0 assistências. Olho nele.

Já o Instituto Córdoba também chega forte. Finalista da temporada passada da La Liga, frente ao San Lorenzo, a equipe mesmo após o vice-campeonato manteve a base e se reforçou.

Mesmo com a perda de seu treinador, Fernando Muller, para o rival San Lorenzo, o time foi ao mercado de transferências se reforçar. Um desses reforços é o norte-americano Dwayne Davis, que atuou no Aguada na última temporada e promete ser um dos caras do Córdoba na mais nova competição internacional.

  • Equipes mexicanas:

Fuerza Regia e Capitanes serão os responsáveis por honrar a bandeira do México na primeira edição da Champions Americas.

Pelo lado do Fuerza Regia, a equipe conta contará com a força do pivô Deji Akindele, de 2,16m. Tendo já disputado três edições da NBA Summer League, além de ter vasta experiência internacional, Akindele deve ser o principal nome da equipe mexicana.

Já pelo Capitanes, o dominicano Rigoberto Mendonza, de 27 anos, é um dos principais nomes da equipe da cidade do México. Versátil e eficiente nos dois lados da quadra, o jogador promete colocar muito intensidade e dar trabalho para os adversários.

  • Equipes chilenas e uruguaias:

No Aguada, do Uruguai, algumas contratações para a disputa da competição fizeram barulho. Uma delas, quiçá a principal, foi de Mauricio Aguiar, velho conhecido da torcida do Corinthians, equipe em que atuou na última temporada do NBB. O pivô norte-americano Jerett Croff é outro que chega na equipe, com a promessa de ser o homem do garrafão.

Enquanto isso, o Valdivia, do Chile, também se mexeu e contratou dois novos estrangeiros. O principal, que pode vir a ser o motorzinho da equipe, é o colombiano Hanner Mosquero, de 26 anos. Pivô de ofício, o jogador frequentemente está entre os nomes da seleção de seu país e deve somar e muito ao garrafão do clube chileno.

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