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Basquete

Helinho Garcia conhece os dois lados das finais da NBB

‘Herdeiro’ de um dos grandes nomes do basquete, Helinho é o único na NBB a disputar finais como técnico e jogador

(Montagem/LNB)

Coloca o uniforme, amarra o tênis, respira e vai para a quadra. Por muito tempo essa foi a rotina de Helinho Garcia como jogador. Agora, como técnico do Sesi Franca Basquete, essa rotina já não é a mesma, mas um ponto muito importante ainda se mantém: o costume de chegar em finais, agora na NBB.

Com seis títulos nacionais em sete decisões disputadas pelo Campeonato Brasileiro da CBB e mais duas Finais do NBB no currículo, Helinho Garcia adquiriu muita experiência em disputas de título durante os anos em que atuou como atleta profissional.

Na atual temporada, o treinador do Franca Basquete se tornou o primeiro da história a disputar as Finais do NBB como jogador e como técnico – foi finalista nas temporadas 2010/2011 (Franca) e 2012/2013 (Uberlândia) como atleta e acabou como vice-campeão em ambas.

Mas, afinal, qual é a diferença de disputar uma final como jogador e como técnico? Helinho respondeu essa questão.

“O orgulho, a alegria e a sensação são muito parecidos. Agora, o foco e os desafios de técnico e jogador são diferentes. O atleta fica preocupado no que ele vai fazer dentro de quadra, onde ele pode explorar determinadas virtudes individuais e problemas do adversário, por exemplo. Já o técnico abrange um leque de fatores muito maior, seja na preocupação de seus jogadores, adversários e na equipe em geral. Então, o leque de opções, os fatores de trabalho e os conceitos da função de um treinador são muito mais complexos que de um jogador”, disse o treinador.

Em Finais, muitos se apegam em superstições e rituais antes de jogos importantes, e com Helinho Garcia não é diferente. Mesmo fora da quadra, o treinador ainda segue à risca uma rotina metódica antes das partidas.

“Tanto quando jogador e agora como técnico, sigo uma rotina muito metódica nos dias de jogos. Seja com os horários dos treinos, do bate bola da manhã, do almoço, descanso, do lanche e até de ir para o ginásio, sigo sempre uma forma muito metódica. Além, é claro, da oração que sempre faço antes de entrar em quadra. Fora isso, tenho algumas outras superstições que são mais corriqueiras”, afirmou o comandante do Franca Basquete.

Helinho Garcia e Hélio Rubens

Seis vezes campeão brasileiro, Helinho Garcia teve uma carreira vitoriosa como jogador, e isso se deve muito a seu pai, Hélio Rubens. Ao todo, foram 23 anos de trabalho junto ao pai que, segundo o atual treinador francano, contribuíram não só para a sua formação como atleta e treinador, mas também como homem.

Helinho Garcia tem seguido os passos do pai e, assim como ele, pode conquistar de nível nacional com o Franca (FotoJump/LNB)

“Meu pai foi fundamental na minha formação como atleta e como homem. Por ter trabalhado tanto tempo com ele, praticamente 23 anos, trago conceitos que sei que foram fundamentais para o seu sucesso e que não abro mão, como respeito, disciplina, ética pelo bem comum, além de fazer tudo com a maior intensidade possível. São conceitos que aprendi com ele e tento trazer para as equipes que trabalho, tanto para a comissão técnica como para os jogadores, passando isso de maneira sincera e aberta. Faço isso porque sei que esses conceitos são essências não somente para as vitórias, mas também para o nosso crescimento como profissional e pessoa”afirmou o técnico.

Agora, Helinho Garcia terá a oportunidade de continuar trilhando os caminhos do pai e conquistar um título de nível nacional com o Franca. A equipe da Capital do Basquete, que lidera a série final (2 a 1), precisa de apenas mais uma vitória para se sagrar campeã do NBB 2018/2019.

A bola sobe para o Jogo 4 entre Franca Basquete e Flamengo neste sábado (1), às 14h30, no Ginásio do Maracanãzinho, com ao vivo aqui no Olimpíada Todo Dia. Para a partida decisiva, Helinho Garcia demonstra estar extremamente motivado.

“Minha cabeça está boa. Estou motivado e confiante para que possamos fazer uma grande partida. Estamos muito alinhados dentro daquilo que é importante fazermos, seja comissão técnica, jogadores ou torcida. O que me dá essa confiança é exatamente a estrutura e os conceito que os jogadores abraçaram de uma forma honesta e forte. Tenho certeza que esse título pode ser, mais uma vez, a consagração do que o time tem executado ao longo dessa temporada, com as conquistas do Campeonato Paulista e da Liga Sul-Americana e agora, quem sabe, com a conquista do título brasileiro”, finalizou.

Jornalista com mais de 20 anos de profissão, mais da metade deles na área de esportes. Está no OTD desde 2019 e, por ele, já cobriu 'in loco' os Jogos Olímpicos e Paralímpicos de Tóquio, os Olímpicos de Paris, além dos Jogos Pan-Americanos de Lima e de Santiago

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