Mogi das Cruzes e Franca abriram a série semifinal do NBB neste sábado (04), no Ginásio Hugo Ramos, na cidade mogiana. Triunfo de Lucas Dias, Alexey e companhia por 85 a 77. Além da atuação de ambas as equipes em quadra, as duas torcidas também marcaram presença nas arquibancadas. Cada uma com sua festa e protesto.
Os francanos não se intimidaram com a distância de cerca de 450 km, enfrentaram a estrada e prestigiaram o clube na casa do rival. A placa do ônibus trazia o nome da cidade interiorana, mal visto pelos representantes de Mogi das Cruzes. Os visitantes, que fecharam a fase de classificação na liderança, são cogitados como um dos principais favoritos na corrida pelo título da competição, algo que incomoda o adversário.
Apesar do pequeno espaço reservado, os adeptos do Franca fizeram barulho durante o aquecimento. Também tentaram ofuscar a animação dos mandantes ao longo da partida. E conseguiram em determinados momentos. Assim como os jogadores em quadra, a torcida mogiana perdeu a paciência com marcações de faltas e erros defensivos e ofensivos. A empolgação do início motivou os jogadores durante a entrada em quadra. O nervosismo prejudicou a atuação dentro e fora das quatro linhas. O Mogi das Cruzes ainda busca a primeira taça na história do NBB, mesmo com campanhas importantes em temporadas passadas.
No intervalo, o evento promovido pelos donos da casa contou com a presença de torcedores para desafios de habilidade no centro da quadra. O clima de união e reconhecimento de ambos os lados marcou o duelo na tarde de sábado.
O clima esquentou ainda mais com a bela atuação de Elinho, ex-jogador do Mogi. Criticado, é o principal alvo dos gritos vindos das cadeiras do ginásio. Melhor para a torcida de Franca, que o chamou de ‘maestro’ a cada lance bem construído. Irritados com a diferença no placar e com a atuação da arbitragem, os assíduos torcedores do Mogi das Cruzes protestaram diretamente contra a Liga Nacional de Basquete. Os xingamentos também foram direcionados ao treinador interino, que promoveu substituições quando o time corria atrás do prejuízo. Guerrinha não esteve à beira da quadra por conta de uma suspensão.
Grande ídolo do Mogi das Cruzes, Shamell Stallworth tem toda a confiança do elenco, da comissão técnica e, principalmente, dos torcedores. Visivelmente irritado com o resultado negativo, o norte-americano errou apenas um dos quatro lances livres que cobrou. Motivo para os francanos vibrarem e gritarem ‘pipoqueiro’. Logo em seguida, os mogianos devolveram, voltaram a incentivar e retomaram a confiança do principal jogador.
Mesmo com a derrota em casa, os aplausos serviram como consolo e motivação para a sequência da série. Agora, os dois próximos compromissos serão em Franca. Para seguir vivo, Mogi precisa da vitória em pelo menos um deles. Além do duelo técnico, a motivação transferida pelas arquibancadas pode auxiliar na decisão de uma partida. O Ginásio Pedrocão também estará lotado na próxima quarta-feira (08), data do segundo confronto da semifinal do NBB. Quem leva?