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Basquete

Recuperado de lesão, Alex Garcia quer o Mundial da China

Um dos maiores nomes do basquete brasileiro nas duas últimas décadas, ala/armador fala da vontade de disputar a competição na China e analisa a carreira em entrevista exclusiva para o Olimpíada Todo Dia

Divulgação

Um dos maiores nomes do basquete nacional nas últimas duas décadas, Alex Garcia quer mais. Voltando a atuar depois de uma grave lesão no ligamento do joelho direito, a mais séria de sua carreira, e mesmo próximo de completar 39 anos de idade, o ala armador do Bauru e da Seleção Brasileira quer seguir jogando.

“A Olimpíada de 2020 eu ainda não sei, mas esse mundial eu quero jogar sim, lógico que não depende só de mim, mas a minha parte vou fazer para merecer essa vaga na Seleção Brasileira”, comentou o Brabo.

Se depender de técnico Aleksandar Petrovic, isso está muito perto de acontecer. O comandante da Seleção Brasileira de basquete disse, na última janela de jogos do Brasil em casa, que não se importava com a idade dos atletas convocados, mas sim o que eles apresentavam em quadra. Um dos exemplos pelo treinador foi Alex, que segundo Petrovic, “mesmo com 38 anos de idade atua como se tivesse 25, 26. em um ritmo e em estilo de jogo excelente”.

Divulgação CBB

Além de se sentir privilegiado pelo elogio de Petrovic, Alex pensa de forma parecida sobre a idade que possui. “A idade nunca foi problema pra mim, principalmente se tratando de seleção brasileira. A filosofia de trabalho dele (Petrovic) é muito boa, fácil de assimilar. Grande técnico a Seleção Brasileira de basquete possui no momento”, disse.

Presente no elenco dos melhores times do país e nome certo nas convocações da Seleção Brasileira masculina de basquete nas duas últimas décadas, Alex Garcia, o Brabo, vive um momento diferente na carreira nas duas últimas temporadas. Na reta final do NBB passado, o ala/armador acabou sofrendo uma lesão no ligamento do joelho direito, que o afastou das quadras por sete meses.

Já com 38 anos e na reta final da carreira, não se sabia o que poderia acontecer com seu jogo. Seguindo a risca todo o processo de recuperação, Alex Garcia voltou às quadras no dia seis de dezembro de 2018, quando o Bauru venceu o Paulistano no NBB. Para o atleta, apesar de ter sido uma lesão séria, o pior já foi e agora é preciso jogar.

Victor Lira Bauru Basket

“Para mim é tranquilo, foi uma lesão séria mas a recuperação foi muito boa também. Então é só entrar no ritmo ideal de jogo e seguir atuando”, comentou Alex.

A relação com o basquete

Nascido em Or[tps_header][/tps_header]lândia, no interior de São Paulo, Alex Garcia ganhou destaque nacional no COC/Ribeirão Preto, no começo dos anos 2000. Atuando ao lado de Nezinho, Arthur companhia, o ala/armador conquistou o o tricampeonato paulista e o primeiro título brasileiro da carreira.

Depois dos títulos pelo time paulista, Alex Garcia passou duas temporadas pela NBA, por San Antonio Spurs e New Orleans Hornets, voltou para o COC/Ribeirão Preto, Brasília, foi jogar em Israel pelo Maccabi Tel Aviv, voltou para a equipe da capital federal e em 2014 chegou ao Bauru.

Em todos esse anos de carreira, Alex sempre esteve em times que foram campeões e passaram a maior parte do tempo disputando as primeiras colocações nas competições, fazendo com que o ala/armador fosse reconhecido como um jogador vencedor. Para o atleta, além dos títulos, o que mais marcou foi o aprendizado que cada equipe conseguiu passar para que o seu jogo melhorasse.

“Cada time que joguei, aprendi bastante, principalmente os fora do Brasil . Essas passagens engrandeceram muito o meu basquete e sou muito feliz por cada uma delas”, disse Alex.

Em Bauru, Alex Garcia teve uma adaptação muito fácil. Dentro de quadra, ao lado de Robert Day, Murilo, Ricardo Fischer, Larry Taylor, Jeffersor Willian, Gui Deodato e comandado pelo técnico Guerrinha, a equipe do interior enfileirou títulos, passando pelo Campeonato Paulista, Liga Sul-Americana, Liga das Américas e NBB.

Bauru representa muito, fui bem recebido aqui, fiz muitas amizades fora do basquete. Sou muito feliz aqui , minha família também e ganhar os títulos que ganhamos foi uma forma de agradecimento para essa cidade que é fanática por basquete” comentou Alex.

Retribuir tudo que o basquete deu

Nos últimos anos de carreira, perto dos 39 anos de idade e chegando aos 20 de carreira, Alex Garcia já consegue ver a influência do basquete em sua vida. Para o ala/armador do Bauru, o esporte não deu somente prêmios dentro das quatro linhas.

“O basquete representa minha vida, tudo que tenho hoje é por causa do basquete. A minha maior conquista que é a minha família, o basquete que me deu”, disse o jogador.

Na reta final de seu contrato com o Bauru, que termina ao fim da temporada de 2018/2019, Alex Garcia já sabe o que vai fazer quando decidir parar de jogar. ” Quero ensinar tudo que aprendi para garotos que queiram aprender o basquete”, finalizou.

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