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Basquete

Na Turquia, Kelly fala sobre desejo de Seleção e Ituano

Bronze em Sydney 2000, apesar de se sentir em casa na Turquia, Kelly não esconde vontade de voltar à Seleção e fala de possível repatriação no Ituano.

Foto: Divulgação

Um dia depois de defender o Ituano, no Campeonato Paulista de Basquete, em 2 de dezembro de 2018, Kelly recebeu uma mensagem. “Domingo, jogo contra você”, escreveu Nazli Guler. Kelly estava no Brasil e sua melhor amiga a mais de 10 mil quilômetros dali, na Turquia. A ficha não demorou muito para cair. Isso porque, logo após o jogo naquela mesma tarde de domingo, a brasileira recebeu uma proposta para defender o Edremit Balediyesi. E aceitou. Três dias depois da inesperada mensagem, estava em solos turcos para sua quarta temporada no país. Mas não esconde que, apesar de se sentir acolhida lá, seu coração está no Ituano – e na Seleção Brasileira.

Assim como seu destino mudou de um dia para o outro, no final do último ano, Kelly, tem objetivos no basquete, mas não vive apegada a eles. Hoje, ela atua em um time de muita tradição, mesmo sendo da Liga de Acesso. “É a equipe da cidade, leva o nome da região, então, isso dá muito destaque aqui”, ressalta a jogadora, em entrevista exclusiva ao Olimpíada Todo Dia.

Foto: Divulgação

Em sua quarta temporada na Turquia, já conquistou os fãs da modalidade. “Me tratam muito bem, eles gostam muito de mim. E, apesar disso, tenho o anseio de voltar a jogar no Ituano e, porque não, de defender o Brasil nos Jogos Olímpicos de 2020”, ressalta. “Meu objetivo é Tóquio, quem impõe meus objetivos sou eu”, destaca Kelly, que não esconde o sorriso e a simpatia na fala.

Acostumada com confrontos internacionais, com grande volume de jogo, se sente tranquila e confortável em quadra. Além disso, são mais de 20 anos de experiência vestindo a camisa amarela e verde. “Isso toca em um lado emocional. Se a Seleção solicitar meus trabalhos, é impossível dizer não”.

Diferencial tupiniquim

Para ela, o Brasil conquista bons resultados mundo afora pela criatividade. “Chegamos muito longe, com muito pouco. Em muitas coisas, estamos muito atrás”, destaca Kelly. “Mas vamos muito além. Estou sempre na torcida pelo Brasil e, como atleta, preciso ter meus objetivos estabelecidos”.

Em terras tupiniquins, conta, tem um acordo verbal, com o Ituano. Em novembro, ela ajudou na conquista, por parte do Ituano, da medalha de ouro do basquete nos Jogos Abertos do Interior de São Paulo, em São Carlos. Se voltar, o clube é sua prioridade. “Sinto que tenho muito a devolver para o basquete do país depois de tanta experiência que adquiri”, destaca a brasileira, que acredita: o basquete é seu dom.

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