Foram pouco mais de dois anos sem defender o Brasil, mas Marquinhos está de volta. Sem vestir a camisa da Seleção Brasileira de Basquete desde os Jogos Olímpicos do Rio, em 2016, o ala do Flamengo foi a principal novidade da lista de 13 jogadores convocados para os jogos contra República Dominicana e Canadá, dias 30 de novembro e 3 de dezembro, respectivamente, válidos pela segunda janela da segunda fase das classificatórias para a Copa do Mundo da China.
Feliz com a oportunidade dada pelo técnico Aleksandar Petrovic, Marquinhos não encara seu retorno à Seleção como um recomeço. Aos 34 anos e vivendo um dos melhores momentos de sua carreira, o ala diz que nunca se sentiu fora dos planos e que está pronto para ajudar o Brasil a chegar à terceira Olimpíada consecutiva.
“Foi apenas uma pequena pausa, já estou na Seleção há anos, joguei dois Mundiais, duas Olimpíadas e quero continuar pelo menos para esse próximo ciclo, que inclui mais um Mundial e uma Olimpíada. Acho que estamos no caminho certo para isso”, afirmou o jogador de 2,07m.
Com os problemas deixados no passado, Marquinhos só pensa nas partidas contra República Dominicana e Canadá. Muito perto de carimbar seu terceiro passaporte para Mundiais, o ala rubro-negro acredita que o Brasil está preparado para assegurar sua vaga dentro de quadra.
“Vejo o Brasil num momento importante, com dois jogos decisivos que precisamos ganhar para garantir a classificação. Não jogo pela Seleção desde as Olimpíadas e é sempre bom estar defendendo as cores do meu país. O basquete vem lutando tanto para melhorar e estou muito feliz de poder ajudar o Brasil a se classificar por vias legais, já que no último Mundial nossa vaga veio através de um convite, o que não é muito legal. Agora teremos a chance de fazer isso vencendo esses dois jogos. Quero fazer o possível para ajudar da melhor forma a Seleção. Acho que voltei na hora certa”, assegurou Marquinhos, que espera dois jogos duríssimos. “Com certeza serão dois jogos complicados e muito difíceis, mas acho que o Brasil tem condições de vencer os dois. Não só pelo fato de estarmos jogando em casa, mas pelos jogadores experientes que temos no nosso grupo”.
Desde domingo junto com o grupo, Marquinhos afirma que a conversa com Petrovic foi ótima, mas que ainda é precoce para fazer qualquer tipo de análise do novo trabalho. “Ainda é muito cedo para analisar o trabalho do Petrovic e as diferenças em relação aos ciclos passados. O que o pessoal tem me passado é que ele gosta das coisas básicas, que é um cara tranquilo e que quer o bem do basquete brasileiro. Ele vem aparentando tudo isso e estou bastante animado com o início desse novo ciclo para mim”, complementou.
A caminho de sua sétima temporada com a camisa do Flamengo, Marquinhos garante estar longe da aposentadoria. Sem um histórico de lesões na carreira, o ala afirma que não faz planos para pendurar a munhequeira. “Eu não tenho um limite. Enquanto estiver saudável e me sentir bem vou continuar jogando. Sou leve, não tenho muitas lesões, acho que meu corpo aguenta por mais um tempo”, finalizou.