Ygor Coelho teve uma preparação especial para os Jogos Sul-Americanos, que contou até com a visita da técnica dinamarquesa ao Brasil. Confira!
Atual número 33 no ranking mundial, Ygor Coelho pode ser o protagonista brasileiro nos Jogos Sul-Americanos de Cochabamba 2018, que começam neste sábado (26). Isto porque o atleta poderá disputar até três medalhas de ouro, nas competições por equipes, duplas e também no individual. Para o torneio, Ygor se mantém centrado em um único objetivo.
“Eu vim aqui focado para realizar o sonho de ser campeão sul-americano, tanto por equipes, como dupla e individual. Para mim, é uma honra, é o primeiro passo para os Jogos. São os Jogos Sul-Americanos, depois Pan-Americanos e depois Olímpicos. É o primeiro de todos e espero começar bem”, comentou o atleta em entrevista exclusiva ao Olimpíada Todo Dia.
Antes de ir à Bolívia para a disputa do Sul-Americano, Ygor Coelho passou por uma experiência diferenciada. Logo após o bicampeonato Pan-Americano na Guatemala, ele voltou ao Brasil e teve uma semana para recuperação. Depois deste período, o atleta realizou uma bateria de testes no Laboratório Olímpico do Comitê Olímpico do Brasil (COB), no Centro de Treinamento Time Brasil.
“A experiência no Laboratório foi super nova para mim. Eu nunca tinha visto alguns equipamentos que eles tinham. São testes muito novos, de alta tecnologia”, considerou.
Em funcionamento desde o mês de março do último ano, o Laboratório Olímpico busca “inserir a ciência do esporte na preparação dos atletas”, nas palavras da supervisora do COB no local, Jacqueline Godoy. “A gente entende que existe um espaço em relação à informação que o cientista produz e que o treinador vai utilizar. Aí temos essas pessoas que fazem uma decodificação, uma tradução desses dados da ciência para o treinador”, acrescentou.
Sendo assim, foi criado um protocolo de avaliação de Ygor junto à técnica Nadia Lyduch. “Com base nisso, nesse desenho que a gente fez junto com a treinadora, definimos quais seriam os testes. Basicamente fizemos testes de força e potência, para avaliar a condição cardiopulmonar dele”, explicou o analista de desempenho Marco Char.
Técnica dinamarquesa no Brasil
Ainda em fevereiro de 2018, Ygor Coelho decidiu trabalhar com a dinamarquesa Nadia Lyduch, com o objetivo de alcançar posições mais altas no ranking. Desde então, o brasileiro e a técnica treinavam e se comunicavam por vídeos. Porém, nesta última semana foi diferente.
Logo após a semana de testes no Laboratório Olímpico do COB, a treinadora veio ao Brasil para acompanhar de perto os resultados e treinamentos do atleta, colaborando ao máximo para a participação de Ygor em Cochabamba 2018.
“Treinar com a Nadia foi uma experiência ótima, ela pôde acompanhar todos os meus resultados do Laboratório, pôde corrigir meus erros e minha técnica. Trabalhei com ela ao vivo e pude aprender muito mais”, ponderou Ygor.
Em sua primeira visita ao país, além de ir ao Cristo Redentor, Nadia passou os quase cinco dias de estadia ao lado do atleta. “O trabalho com o Ygor foi, naturalmente, mais intenso do que o normal, porque quando temos a oportunidade de passar tempo juntos, temos que ter certeza de que aproveitamos ao máximo”, contou a técnica ao Olimpíada Todo Dia.
“Todos que eu conheci foram bons para trabalhar e muito competentes, então foi ótimo e interessante comparar notas e pensamentos sobre o nosso trabalho com o Ygor”, completou.
Após os dias intensos de trabalho e ciente de que Ygor pode conquistar até três medalhas de ouro para o Brasil, Nadia Lyduch acredita nos pódios e falou sobre as próprias expectativas para o desempenho do atleta na competição.
“Irei além para dizer que será um desapontamento se ele não ganhar. Mas tendo dito isso, estou mais interessada se ele puder trabalhar com algumas das coisas que abordamos na semana passada e se ele é capaz de manter sua mente em suas áreas de foco durante o torneio”, finalizou.