Medalhista de bronze nos Jogos Paralímpicos de Paris-2024, Vitor Tavares, da classe SH6 (baixa estatura), voltou a jogar uma competição no Brasil nesta quarta-feira (30), segundo dia do IX Campeonato Brasileiro de Parabadminton. Após 58 dias da conquista, o atleta entrou em quadra duas vezes na chave de simples e venceu ambos. Na estreia, ele bateu Dheyvid Almeida, por 2 games a 0, parciais de 21/4 e 21/3. Em seguida, na segunda rodada do Grupo B, o paranaense derrotou Faltino Damasceno, igualmente em sets diretos: 21/3 e 21/13.
“É sempre bom estar de volta. Feliz em jogar de novo em território nacional, ainda mais no CPB, que é na casa do esporte paralímpico brasileiro. O torneio está com muitos inscritos, talvez seja até o recorde de participantes. Estou contente por estar aqui e vendo o esporte crescendo cada vez mais, principalmente na SH6, que é a minha classe. Observo que o esporte está expandindo tanto na competição adulta quanto na sub-23”, disse Vitor Tavares.
O número de 150 inscritos é realmente o recorde de participantes de um evento nacional do parabadminton. Vitor Tavares também comentou sobre como está sendo sua rotina após a medalha paralímpica. “Depois do feito inédito em Paris, a gente está aqui de volta e sempre tem alguém pedindo para tirar foto e trocar uma ideia. É muito bom saber que o pessoal se espelha em mim e sempre tento passar o máximo de conhecimento para eles”, completou o medalhista.
Alguém pode ameaçar Vitor Tavares?
Vitor Tavares avançou à fase semifinal em primeiro lugar do Grupo B e de forma invicta. Na outra chave, o líder do ranking nacional da SH6, Vinícius Costa, também se classificou na liderança e sem derrota. Ele ganhou de Marcos Vinicius Rocha, parciais de 21/4 e 21/5, e, posteriormente, de Rennê Souza, sets de 21/5 e 21/4. Ele foi o campeão da 2ª Etapa do Nacional de Parabadminton, igualmente disputado no Centro de Treinamento do Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB).
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No Grupo A da SH6 individual masculina, Rennê Souza superou Marcos Vinicius Rocha (21/14 e 21/6) e se classificou entre os quatro melhores. Já no B, Faltino Damasceno levou a melhor contra Dheyvid Almeida, igualmente em parciais diretas: 21/9 e 21/15. As partidas que valem vaga na decisão da classe serão Vitor Tavares diante de Rennê Souza e Vinícius Costa contra Faltino Damasceno. O IX Brasileiro de parabadminton está sendo disputado juntamente com o IV Campeonato Brasileiro “Diego Mota” sub-23.
Alto nível em duelos diretos
No feminino, dois confrontos eram bem aguardados nesta quarta. Auricelia Evangelista, líder do RN e campeã da II Etapa do Nacional de Parabadminton, evento realizado há quase um mês, encarou Daniele Souza, primeira mulher brasileira do parabadminton a vencer uma partida em Jogos Paralímpicos. Ela vestiu a camisa do Brasil na edição de Paris-2024 e é uma das atletas de destaque da classe WH1. No momento, Daniele Souza aparece na 3ª posição do RN.
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A partida foi realizada no início da tarde e Daniele Souza venceu pelo Grupo A da WH1 por 2 sets a 0, parciais de 21/10 e 21/16. Mais um duelo bastante esperado aconteceu na classe SL3, com Adriane Ávila, primeira colocada do RN, enfrentando Kauana Beckenkamp, segunda melhor. Antes desse embate, Adriane ganhou de Alessandra Damasceno em games diretos: 21/9 e 21/16.
Juventude superando a experiência
O duelo direto com Adriane Ávila foi a estreia para Kauana Beckenkamp. Ela e sua oponente se enfrentaram na final da II Etapa do Nacional de Parabadminton, com vitória de Kauana. Antes disso, na fase inicial, Adriane havia vencido. No jogo desta quarta, a jovem de 15 anos levou a melhor diante da experiente de 53. Kauana Beckenkamp venceu Adriane Ávila em confronto equilibrado, por 2 a 0, parciais de 22/20 e 21/9.
“É uma sensação inexplicável (vencer um jogo desses). Na fase de grupos do Nacional não foi aquilo que eu queria, mas na final deu certo. Agora, poder disputar e vencer em uma fase todos contra todos, foi muito bom”, destacou Kauana Beckenkamp, que considera difícil jogar contra Adriane. “É desafiador. Ver pessoas mais velhas jogando com mais novas é diferente e inovador. A idade também mostra o tempo que a pessoa tem de badminton”, concluiu.
“Ela cresceu muito e está com bom desempenho. Evoluiu fisicamente e consegue se movimentar melhor do que antes. Acho que a percepção de jogo també está mudando. Claro que os técnicos colaboram ao identificar as dificuldades do adversário e aproveitar isso faz toda a diferença. Ela melhorou bastante tecnicamente e acho que teremos um ótimo futuro com Kauana. Esses jogos são os que fazem crescer”, declarou Adriane Ávila.
Confirmação do favoritismo
Diversas partidas movimentaram o segundo dia do IX Campeonato Brasileiro e do IV Brasileiro “Diego Mota” sub-23. Cinco delas ganharam destaque por envolverem líderes do ranking nacional que confirmaram em quadra o favoritismo de antes da partida. Primeiro do RN e cabeça de chave número 1 da WH1, Marcelo Conceição estreou com vitória tranquila diante de Pedro Alves, parciais de 21/6 e 21/2.
Já na WH2, Júlio Godoy, melhor ranqueado da classe e posicionado no topo do RN, não tomou conhecimento de Carlos Gomes: 21/9 e 21/7. Quem também está na dianteira de sua categoria e ganhou sem dificuldades na estreia foi Rogério Oliveira, jogador que representou o Brasil na Paralimpíada de Paris-2024. Atleta da SL4, ele bateu Felipe Silva sem problemas: 21/3 e 21/7.
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Nesta mesma situação, João Gabriel Carbajal, líder da classe SU5, ganhou fácil de Rivaldo Silva: 21/5 e 21/9. No Grupo A da SL3, Jonathan Cardoso, número um do RN, passou sem problemas por Luiz Henrique Santos, parciais de 21/6 e 21/10. Volta ao naipe feminino, na WH2, a favorita Maria Gilda Antunes, melhor ranqueada da classe, derrotou Samara Oliveira, igualmente em sets diretos: 21/12 e 21/3.